(Foto: Globoesporte.com) |
Os cenários mais perfeitos para tragédias são aqueles mais preparados para a glória, onde tudo vai bem e, num instante, o inesperado acontece, transformando a alegria e a motivação em um só sofrimento, na mais lamentável tristeza.
Procurar culpados, além de uma senhora perda de tempo, pois não existem, é de extrema ignorância e falta de bom senso. O Fluminense não foi brilhante como vinha sendo, mas não há como a equipe manter o nível de atuação sem Fred e Deco. Em campo, os suplentes podem se esforçar, dar tudo de si, mas a parte técnica faz enorme diferença.
Assim como fez quando, por um momento, a bola caiu no pé de um maestro, o único no fraco time do Boca que sabe tratar a redonda com devido carinho.
Não há como falar de Libertadores sem falar nos sentimentos e calafrios que proporciona. Não é apenas para se jogar, é para se viver. E ninguém a viveu mais que o Tricolor, ninguém fez tanto sua torcida sonhar, acreditar no "agora vai".
E, se o jogo não fosse ontem, "agora ia".
O Flu foi melhor, mas o sobrenatural o tirou. Algo que fez Cavalieri espalmar para o lugar errado e Santiago estar ali, na hora certa, no lugar certo. Melhor que em 2008, contra um Boca inferior ao do mesmo ano, a lógica e a justiça, que nunca se deram muito com o futebol, também não se entenderam com o Tricolor.
O torcedor tricolor, já acostumado com suas vitórias épicas, inesperadas, provou de seu próprio veneno.
Assim, quem mais viveu a Liberta teve a morte mais dolorida.
Uma maldade que aprontaram os senhores deuses do futebol.
Agora é cabeça no Brasileirão, onde essa equipe vai dar imenso trabalho. Jogando desta forma, o Fluzão está entre os 3 principais candidatos ao título.
O mundo acabou por um dia. E só.
Não deu dessa vez, mas o ano continua, o brilho não se apaga.
Vida que segue...
@_LeoLealC
@_LeoLealC