28 maio 2016
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Futebol, eu te odeio!
Você é ridículo, dissimulado. Você ilude, maltrata, deixa acreditar que será um motivo de alegrias, festejos, quando no fim até a felicidade vem acompanhada de lágrimas.
Você cria esperanças, mas transforma um espetáculo circense em um acontecimento trágico de um instante para o outro. Você fantasia a mente de um menor, ele pensa estar se agigantando. Você brinca com um dos sentimentos mais puros existentes desde o Big Bang e sorri maleficamente com os desastres emocionais que causa.
Por que não o Atlético? Por que não presenteá-los? Seu nome nem seria mencionado nesta conquista. Seriam méritos e mais qualquer outro adjetivo que sua chata versão moderna criou.
Por que repetir o filme? Qual a graça dos mesmos rostos sentirem o mesmo sabor lacrimal? O que te faz ser tão repetitivo neste caso específico?
Porque a única característica bondosa que lhe cabe, seu cafajeste, ainda é a fidelidade.
Você prioriza quem escreve sua história desde tempos não transmissíveis. Você renova os capítulos do mesmo personagem, aumentando a saga à medida que ele precisa ser repaginado.
O Real sempre precisará mais que o Atlético. Hoje, amanhã, daqui a 39 lustres.
É quase controverso afirmar isso, mas você, futebol, é justo.
O Sergio Ramos de uma vez, de outra, a trave que influencia o meio e o fim da batalha. Nada disso mostra que você tem um dono, mas escancara sua preferência.
Enquanto o primo pobre sonha com a exceção, você novamente entrega a rotina ao mimado.
Você pode não ser propriedade exclusiva do Real.
Mas um dia como hoje mostra que seu xodó veste branco.
@_LeoLealC
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