18 outubro 2012

Hoje não!

(Foto: Nelson Perez/Fluminense. F.C.)
Estádio lotado, clima de mata-mata (não era, infelizmente), virada, empate no fim com um a menos e  ninguém falando de arbitragem ou tentando convencer de que há existência de um complô.

Não parece, mas ainda é possível. Acredite!

Ainda há como os jogadores serem mais relevantes que o árbitro. Ainda há como o senhor do apito não ser o assunto do dia seguinte.

Eu sinceramente prefiro acreditar que isso aconteça por incapacidade, falta de competência. Não por má fé e "esquemas". Mas, querendo ou não, eles são o assunto. Até indiretamente e de forma involuntária, como no caso desse post.

Mas esqueça-os, pelo menos por hoje! No Engenhão, quando foi "exigido", o juiz acertou.

Fluminense e Grêmio fizeram um jogaço, um dos melhores do campeonato.  E hoje, dia seguinte, o assunto é o jogaço. Com raras exceções, arbitragens não ficam na memória. Jogos decisivos, sim. O de ontem, ficará.

Nas últimas rodadas, toda abertura de programa esportivo tinha algo parecido a: ''Com arbitragem polêmica, fulano perde, se complica, blá blá blá". Hoje, gira em torno de: "No Engenhão, um jogo de arrepiar".

Pelo menos há esperança quando, depois de um jogo tão decisivo, o assunto mais chato seja a burrice de um jogador numa expulsão.

O Torcedor do Flu ainda não entende o porquê do Fred não ter passado a bola do jogo para o Sóbis, livre na marca do pênalti. O gremista quer enforcar Marcelo Moreno. Mas nenhum dos dois passou o dia resmungando que Aguebaldo não estava impedido, que foi mão do Zé Toinho dentro da área ou que Osbâncio defendeu a bola após a linha.

O campeonato, infelizmente, está sendo do apito.

Mas Flu e Grêmio mostraram que também pode ser deles.

Foi o jogo do Fluzão mostrando o porquê do título estar cada vez mais perto e o Imortal gaúcho jogando de uma forma que valoriza o caneco carioca.

Hã? Mas já?

Quando se tem time, técnico e futebol com cara de vencedor, fica mais fácil cravar o que acontecerá.

Mas não, ainda não farei isso. O futebol trai, a bola pune.

Opa, cinco parágrafos sem falar de arbitragem?

Droga, falei de novo!

@_LeoLealC

14 outubro 2012

Não caia nessa

(Foto: Bernardo Monteiro/VIPCOMM)
- Vai, corre! Não se preocupa em tocar, manter a posse de bola, chutar, cruzar, driblar. Corre! Apenas isso. Corre, corre, corre, corre, que você chega lá.

Correria faz parte do futebol, mas não o comanda. Não confunda uma equipe que corre com uma veloz.

Flamengo e Cruzeiro, quando tinham a bola no pé, não a trabalhavam, não pensavam. Apenas corriam. Assim, tentaram enganar, fingiram fazer um bom jogo.

Não acredite que os dois tenham alguma pretensão no campeonato. Com o futebol que estão jogando Sport e Palmeiras, o Fla não precisa se preocupar com degola. A Raposa, com esse estilo de jogo sem graça, seria criminosa ao pensar em G4.

Mas, lá estava a tal correria para fantasiar um jogo com emoção. Movimentado, disputado, foi. Emocionante, nem perto.

Para o Flamengo, só existia o lado direito do campo. Achando que Wellington Silva é Maicon, forçando todas as jogadas no garoto, o jogo Rubro-Negro passa a ser manjado desde os 10 minutos iniciais de qualquer partida.

Na Raposa, a única esperança de algo produtivo no ataque é quando a bola passa por Montillo. Mas, nessa fase do argentino, a esperança é quase nula.

Com um já sabendo o que faria o outro, restou correr para tentar fazer mais rápido.

Não adiantou, não convenceu.

Não acredite nos 22 que tentaram lhe enganar.

Não caia nessa de futebol artificial.

Mengão e Raposa tentaram convencer de todas as formas que a partida foi ótima.

Mas não, não foi.

@_LeoLealC