27 novembro 2014

O time do ano. O Galo da história


Completa. Dos adjetivos que achei, este foi o mais próximo de resumir uma conquista heroica e soberana ao mesmo tempo.

Não faltou nada, absolutamente nada.

Tentei buscar na memória e confesso que não lembro de ter visto tanta vontade de vencer em um grupo. Ninguém corre mais que eles. Se correrem o dobro, eles fazem o triplo. 

Sem reclamar de cansaço, do calendário ou do fim de temporada. Uma energia que é recarregada a cada olhar nos olhos do companheiro, que sem abrir a boca já diz que acredita. Uma conexão time-torcida que nem conseguimos distinguir quem é quem.

O atleticano não vê mais um time que o representa. Ele se vê em campo.

Pois finalmente entenderam a fé desse povo, que sempre buscou transmiti-la dali de cima. Enfim, eles conseguiram.

Se da arquibancada eles creem, no gramado eles têm certeza.

É essa ambição pela vitória que prova que 2013 não foi acaso. Não tem mais Ronaldinho, Bernard, Jô e Cuca, mas e daí? O que mais é necessário se o espírito do desbloqueio do impossível fica?

Nesse mais novo dia histórico, o atleticano que pagou mil pratas para presenciar mais uma festa em seu salão preferido teve seu dinheiro bem gasto. Já o que gastou esta fortuna para ver um jogo, uma final, deve ir ao Procon pedir o ressarcimento. 

Porque vimos um massacre desde o início, um jogo de um time só, já definido no intervalo. Assim, não vimos o Atlético Mineiro que nos acostumamos.

Mas convenhamos, era impossível, Cruzeiro. E se houve algum pé atrás quanto ao fato da final já estar ou não decidida antes do segundo jogo, a culpa é justamente do Galo, que tornou o milagre normal.

Não adianta, só funciona com ele.

O Atlético Mineiro chega ao auge de seus dias. O tamanho disso, agora, será apenas celebrado. A real dimensão virá daqui a uns 10, 15 anos, quando de fato começarem as memórias nostálgicas.

E garanto: não foram só os atleticanos que tiveram prazer em ver este time jogar.

Um time que conseguiu contagiar o país em uma competição nacional, onde não há a justificativa de que a torcida é apenas pelo futebol brasileiro.

Um grupo que não satisfeito em dividir o brilho desta temporada com seu rival, fez questão de acabar com o 2014 do inimigo e lhe tomar o posto de time do ano.

É o time do ano. É o Galo da história.

A Copa do Brasil é dele. 

O maior Atlético x Cruzeiro de todos os tempos, também. 

Daqui a uns anos, é isto o que de fato irá importar.

Quando o atleticano usar este argumento, será bastante complicado abafar.

O Atlético Mineiro viciou em conquistar tudo que vê pela frente.

E se ninguém interná-lo numa clínica de reabilitação, temos o favorito ao Brasileirão 2015.

@_LeoLealC

24 novembro 2014

Deixe-nos sonhar


Parabéns, Cruzeiro. Mas já está na hora de dar um tempo, não acha?

Eu quero meu Brasileirão de volta. Disputado, equilibrado, sem que as emoções finais se resumam em brigas por vagas ou permanências.

Não sou fã da fórmula de pontos corridos, mas sempre achei o Campeonato Brasileiro o mais adequado a se praticá-la. Uma menor diferença técnica e econômica entre os clubes teria tudo para nos trazer 38 rodadas empolgantes.

Até vir você, Raposa, e acabar com qualquer expectativa de nossa parte.

Para monopolizar a disputa e tornar injusto o formato que busca justiça. E não venha me dizer que é conveniente o fato de alguém saber, já na metade da competição, que chegará ao título bem cedo.

Cadê o direito dos outros de sonharem? Cadê aquele jogo dramático para dar alguma gota de suor à conquista que vem de forma tão tranquila, racional, indiscutível?

Cruzeiro, você é chato.

É aquela criança que chama os amigos para jogar em seu video game novo, que só ela sabe jogar, tornando a disputa sem graça e iníqua.

É aquele playboy que causa raiva nos amigos de classe média que o veem reclamando com sua mãe por não ter lhe dado aquela camisa de 400 reais, enquanto todos aguardam uma promoção qualquer para encherem seus guarda-roupas.

Acostumado com a imponência e a avassaladora superioridade do primeiro turno, se disse em crise quando se viu "apenas" melhor que os outros.

Talvez por viver cheio de vaidade, ou pelo medo de que o já certo título fosse menos valorizado ao ser conquistado num momento nem tão brilhante quanto o início.

Besteira... Lembraremos do Cruzeiro campeão, que nos encanta em campo, e esqueceremos aquele que nos revolta forçando uma má fase.

O que não vi, de forma alguma, foi o tal Cruzeiro das páginas heroicas e imortais.

Vi somente páginas bem escritas, poesias de estrofes equivalentes em sutileza. Sem enredos de angústia e finais triunfais.

Regular.

Pois ser o melhor se tornou rotina.

E neste domingo, dia da coroação do que já sabíamos, até o céu deixou que nuvens carregadas o cobrissem em território mineiro, para que só um azul fosse condecorado.

Salve o campeão! Que diz ser tão combatido.

Devolva-nos o Brasileirão, Cruzeiro!

Ou, pelo menos, este combate.

@_LeoLealC

23 novembro 2014

É pouco. Muito pouco


Eles foram. No calor do pré-verão, quatro da tarde, esperando salvar 12 desalentadores meses em 90 minutos de uma festa programada.

O Vasco, então, estava perdoado.

Se ele precisava de apoio, não pôde resmungar neste sábado.

Era obrigação do time que a penúltima rodada não valesse mais nada e que ele já estivesse até com o título garantido. Mas sua inércia durante 36 jogos fez com que valesse, para o desprazer dessa gente.

Eles chegaram ao Maraca buscando acabar de vez com um sofrimento desnecessário, procurando uma alegria que essa fase vivida insiste em esconder.

Eu também estive lá. Mas posso dizer que testemunhei um verdadeiro crime.

Eu vi um Vasco satisfeito com um empate contra o Icasa, diante de sua torcida. Um Vasco realmente com medo de perder o acesso e demorando para cobrar laterais e tiros de meta nos minutos finais.

O apito final antes iniciaria a festa do alívio, mas foi a partida de uma reação tumultuada pelos sons graves nas vozes de quem se sentia constrangido em ver aquilo.

É triste subir ouvindo "time sem vergonha" de quem o ama. Pior do que isso é saber que eles estão certos.

Na saída do estádio, semblantes cabisbaixos e inconformados calavam apenas com o olhar qualquer manifestação de euforia, pois não havia como aceitar alguém comemorando tão pouco de quem pode tanto.

Não havia um festejo, um alívio, uma expectativa. Não se via uma esperança de um 2015 bom.

Havia apenas a desolação de saber que o principal objetivo do dia mais uma vez não foi alcançado: a honra.

Se existisse algum resquício de subjetividade na Justiça Comum, o torcedor que entrasse com uma ação teria o legítimo direito de ser ressarcido com o valor do ingresso.

Mas ele não quer de volta o dinheiro, e sim o Vasco da Gama.

Não esse, que voltou à Série A, e sim o que lhe dá algum motivo além da paixão para pegar o trem e ir vê-lo de perto na esperança de ser recompensado.

O Vasco, no mínimo, desrespeitou o vascaíno.

Eu não farei o mesmo. Por isso não irei enaltecer uma "conquista" com um fim tão melancólico que fez lembrar o rebaixamento.

Assim, a única forma de resumir minhas palavras de forma nem tão negativa é transformá-las num modesto "bem vindo de volta".

Pois o Vasco da Gama faz muita falta à Série A e ao futebol.

Mas sua versão deste ano não deixará saudade alguma.

Até 2015, Vasco.

E mesmo que ele ainda não chegue, 2014 já pode ir embora e nunca mais voltar.

Muito menos em lembranças.

@_LeoLealC

21 novembro 2014

Baixa a bola aí, galera!


E quem te disse que eu ia deixar alguém colar em mim?

Quem foi que falou que eu tinha esquecido esse campeonato?

Você caiu nessa história de que eu estava em crise e fragilizado?

Hahaha, trouxa!

Olha, não vou esconder não. Quero mesmo é ganhar "deles" na final. Ser vice logo pra eles vai acabar com o meu ano. E minha vontade mesmo é ter essa taça que não vejo há 11 anos.

Mas eu não abandonei essa coisa chata cheia de jogos sem graça que nunca precisei de todas elas pra ser campeão.

Eu apenas ganhei.

Desculpa, mas eu já tinha essa certeza há uns dois meses.

O que? Meus tropeços lhe causaram alguma perspectiva de uma corrida pela liderança nas últimas rodadas?

Hahaha, trouxa!

Eu estou aqui pra tornar os pontos corridos ainda mais chatos e acabar com sua esperança.

E já que vocês me encheram o saco, tratei de provar que ainda estou aqui e terminar logo esta palhaçada.

Eram os dois jogos "mais difíceis" dos que restavam? Sim, mas eu sou melhor que eles, e precisei de um tempo em cada jogo pra mostrar isso.

Lembra ano passado, naquela história de que os 7 pontos de diferença pro Botafogo virariam apenas 1? Pois é, viraram 11.

Mas nesse ano, você disse que o final do campeonato ia "pegar fogo". Pegou, porque eu queimei sua esperança, de novo.

Domingo tem a festa. Nem estou muito a fim de ir. Só vou pra tomar um refrigerante e comemorar logo o fim dessa chatice. Volto cedo pra casa.

Porque o que quero, mesmo, é outra coisa.

Isso aqui já era meu há muito tempo.

Só não sei quem foi o louco que ousou cogitar outra opção para o título.

Hahaha, trouxa!

@_LeoLealC

19 novembro 2014

Sábado, pela honra


Eu entendo este fim de ano melancólico do Vasco da Gama. Favorito, na obrigação de ser campeão e sobrar na Série B, o time era pressionado a resolver logo a situação. Com isso, só a adiou.

Somo isso ao absurdo que ocorreu em alguns jogos. O Vasco entrou em campo e olhou Santa Cruz, Ceará, Avaí, América-RN, Ponte Preta, Atlético-GO de frente, quando deveria vê-los de cima, superior.

De tanto se ver em condições iguais a médios/pequenos e jogar por empates, o time conseguiu. Logo 14!

E depois da ficha cair que a campanha era vergonhosa e que as chances de título diminuíam a cada rodada, houve um desânimo, que bateria em qualquer time grande com um elenco capaz de subir com tranquilidade.

Pois ir para um jogo sabendo que o máximo que poderá atingir a partir daquele momento não o livra mais do marasmo faz a motivação cair em 50%.

É a única explicação em que achei algum sentido, mas não justifica, de forma alguma, esse sufoco desnecessário.

O Vasco não pode se contentar com um terceiro lugar na Segunda Divisão, muito menos procurar explicação para um vexame nela.

Um gigante não comemora título de Série B, mas é inaceitável que ele se acomode vendo dois em sua frente.

Restou apenas o acesso. E foi bom que ele não tenha vindo nessa noite de terça, para só 9 mil pessoas.

Tem que ser no Maraca, numa tarde de fim de semana, pra 50 mil.

Para que haja alguma motivação. Para que seja o jogo, e não um jogo.

Para que o grito de "O campeão voltou", já baleado em sentido, não seja enfraquecido em vozes.

Para salvar o ano.

Conseguir o acesso é o objetivo. Conseguir apenas o acesso é muito pouco para o Vasco da Gama.

Mas nesse triste e agonizante 2014, restou jogar pela própria honra.

Sábado, 22 de novembro. Lugar de vascaíno é no Maracanã.

E o lugar do Vasco é na Série A.

Mesmo que o elevador tenha dado problema.

@_LeoLealC

15 novembro 2014

E se faltasse o Flamengo no mundo?


Seja na terra, seja no mar, eles dizem.

Eu digo que vai além disso, e ultrapassa os limites do que podemos enxergar.

Só uma canonização daria o devido reconhecimento aos 6 remadores que decidiram fazer a reunião mais importante da vida de uma Nação.

Ela surgia ali.

Eles, que dizem que o gol do Pet valeu um Mundial de Clubes.

Eles, que dizem que o Rei do futebol foi o que vestiu a 10 rubro-negra e encantou o mundo na década de 80.

Eles, que tomaram, na cara dura, o maior palco do futebol mundial e chamaram de "nossa casa". Eles, que não têm dúvidas quanto ao campeão de 87.

Discorda? Não ouse questionar, aconselho.

Eles estarão em maioria, e seja lá quem estiver com a razão, vencerão a discussão.

Tá, não vou forçar. "Eles", não.

Nós.

Afinal, não há por que esconder que Flamengo eu hei de ser. É o maior atestado de orgulho a ser assinado por quem foi salvo, em novembro de 1895, de sentir um eterno desgosto profundo.

O que seria dessa Nação sem a combinação de preto e vermelho para admirar, sorrir e chorar?

O que fariam estes apaixonados sem o maior motivo pra sair de casa numa tarde domingo?

O que seria dos que odeiam a instituição sem essa causa de alegrias nas derrotas? É gostoso, para eles, ter o adversário do Flamengo como o time do coração por 90 minutos.

Quem eles esperariam a novela acabar nas quartas-feiras para torcer contra?

O Flamengo torna-se maior por isso. E quanto maior o tamanho, maior a queda.

Por isso, ele torna o futebol mais divertido.

E se deixar chegar, lembra?

Há 120 anos, o Flamengo chegou.

Para ser o mais querido e o mais detestado. O mais cobrado e o mais exaltado.

Para que o Criador lá de cima pudesse dar o aval: "Agora sim, pode liberar essas dezenas de milhões de almas reservadas. Enfim, eles podem nascer e viver em paz".

O Flamengo completa o futebol. E faz muito bem à ele.

Até para quem não sente o mínimo prazer em vê-lo brilhar.

@_LeoLealC

12 novembro 2014

Pra sempre


É difícil, no futebol, garantir que algo será memorável antes mesmo que aconteça. Às vezes, uma final muito esperada é decidida com um 2x0 no primeiro tempo e enfraquece as lembranças, que seriam fortalecidas com um gol no fim ou uma disputa de pênaltis.

Mas o que veremos hoje e dia 26 já nos dá a certeza:

Será o maior Cruzeiro x Atlético da história.

Este poderia ter um concorrente. BH pulsava por essa final em 87, mas dois gaúchos deceparam o sonho dentro do Mineirão.

Fez-se a justiça, pois um confronto como este não merecia que seu vencedor tivesse sua taça furtada pelo campeão da Segunda Divisão da época.

Temos dois times que não chegaram até aqui por acaso. Um lembrou que também pode levar a Copa do Brasil e, com isso, nos lembrou que ele estava nela. O outro criou um vício em jogos históricos e, mesmo depois da perda de seu craque, quando já não esperávamos tanto da equipe, trouxe de volta o espírito do ano passado.

Juntos, os dois mandam no nosso futebol desde 2013.

Moro no RJ, mas se pudesse estar em Belo Horizonte nessas duas semanas pra sentir esse clima de expectativa, pegaria o avião agora mesmo.

Que a pobre vitória dos marginais, que deixou uma das maiores decisões da história do nosso futebol em jogos de torcida única, não enfraqueça nem atrapalhe essa festa disfarçada de uma guerra de 180 minutos.

Que tenhamos o futebol como o grande vencedor nessas duas noites épicas.

O Cruzeiro é o time do ano. O Galo é o time do momento.

No atual corpo do futebol brasileiro, Atlético e Cruzeiro são os dois pulmões.

Mas chegou a hora em que eles não poderão mais trabalhar juntos. Um vai perder o ar, enquanto outro irá tirar o fôlego da metade dos mineiros.

Bom dia pra você, que está respirando Cruzeiro x Galo.

Uma boa final e um feliz maior Cruzeiro x Atlético da história.

Este já é inesquecível.

Mesmo que a bola ainda não esteja rolando.

@_LeoLealC

11 novembro 2014

E o Cruzeiro?


Você sabia que, se pesquisar, vai descobrir que houve outra semifinal além de Galo x Fla e que ela também foi dramática?  

Sabia que, além do Atlético-MG, há um outro finalista, líder - quase campeão - do Brasileirão e melhor time do país há 2 anos?

Lembro de poucas histórias do Cruzeiro com viradas monumentais, títulos na raça ou vitórias na sorte. Ele joga futebol, e só. Quando vencia, era pelo simples fato de ser o melhor.

Hoje, embora possemos enxergar uma diferença considerável na tabela do Brasileiro, estamos num momento onde seu rival se equipara. Adversários diminuíram a brutal diferença técnica que existia da Raposa para os outros, e por isso ela entrou em "crise".

Olha, como eu queria ver meu time numa crise dessas!

Esquecemos do Cruzeiro por um bom tempo na Copa do Brasil. Sua sorte no sorteio das chaves o fez coadjuvante até a semifinal. 

Mas agora ele está ali, tão perto da taça quanto seu rival, lembrando-nos de sua existência. Eles querem retomar a fama de copeiro e terminar esta história assinando o último capítulo.

Eles vão jogar bola, já que não veem motivos para não fazer no mata-mata o que tem dado tão certo nos pontos corridos. E é por isso que são grandes suas chances de levar o caneco.

Ele não é o protagonista dessa decisão. Também não é seu rival, e sim o confronto em si. 

Não houve uma final antecipada quarta-feira no Mineirão.

Ela acontecerá no mesmo lugar, porém na data prevista.

E não esqueça, o Cruzeiro está nela.

@_LeoLealC

06 novembro 2014

Perdeu a graça


Quando o Galo iniciou, em 2013, o processo de explicação sobre seu real tamanho, ele encantou, criou o mantra do "Eu acredito" e acrescentou belos e surpreendentes capítulos à história do nosso futebol.

- Tá, mas se em 2014 a história está sendo escrita tão linda quanto no ano passado, por que "perdeu a graça"?

Porque não é mais surpresa.

Eles não vão mais pro Mineirão ou pro Horto acreditando na vitória, pois já têm a certeza dela. Quem os enfrenta sempre lamenta a vantagem que fez no jogo de ida, seja ela qual tenha sido, dizendo que precisava mais. Quem vê de fora não tem medo de afirmar: "O Atlético vai virar".

E qual a graça de ficar ansioso pra um jogo que você já sabe que eles vão conseguir?

O "Eu acredito" virou "Eu tenho certeza", o "Será?" agora é "Vai", o "Conseguimos" virou "Eu já sabia".

O milagre, agora, é rotina.

Com toda justiça, surgiu o slogan "Nunca duvide do Galo".

Mas hoje, eu duvidei. Pois em certas situações, é mais leve se enganar do que aceitar.

Até eles fazerem o segundo gol e eu, pela primeira vez, sentir isso na pele e já me conformar que o Galo, mais uma vez, chegaria lá.

Então, posso dar o conselho: não duvide, mesmo. Vai doer menos.

É o melhor Galo da história.

O menos interessante de se torcer, afinal, eles já sabem o que vai acontecer no fim.

E o mais angustiante de se enfrentar. 

Você vê o tempo passar, torce para que o sofrimento vá se adiando para talvez conseguir o milagre de impedi-los da virada.

Mas não. Por ora, esqueça. Não tem jeito, seja como for, vai dar Galo.

Vem aí a final.

E se no segundo jogo a missão deles beirar o impossível, já temos o campeão.

Surge uma epidemia atleticana.

E ainda não há remédio que ajude a combatê-la.

@_LeoLealC