29 janeiro 2014

Guerra

O adversário é fraco, perdeu uma dezena de jogadores e está com salários atrasados. O Bota, mesmo ainda sendo uma incógnita, tendo perdido dois de seus principais, é indiscutivelmente melhor. 

Mas não serão só 11 contra 11. Há muita coisa além disso, e não estou falando da altitude.

Eles, que carregam fielmente essa Estrela Solitária, sofreram. Muitos anos no quase, tantas vezes batendo na trave. Faltava algo.

Ele veio. Primeiro, um louco, do Uruguai... quase. Depois, da Itália. Da Holanda, do Suriname.

Aí então, o Fogão chegou.

Ops... ainda não, tá quase.

O Botafogo não vai jogar só duas partidas em busca de uma vaga. Estarão em jogo a honra, o alívio e o sossego dessa gente.

Quem não é do Rio, talvez não entenda. Mas no começo de todo ano, o botafoguense não pedia, primeiramente, um título. 

Lógico, qualquer conquista é bem-vinda. Mas só eles sabem o que é começar todo ano pensando: "Temos que chegar na Libertadores, desse ano não pode passar."

Agora, o Glorioso está praticamente lá. Está no portão, chamando e tocando incessantemente a campainha. E a ansiedade para que ela atenda e chame para entrar é enorme.

Num Campeonato Carioca, o Fogão passaria o carro facilmente nesse Deportivo Quito. Mas hoje, não é só bola rolando. É coração, trava de chuteira e camisa. 

E que esta volte a pesar!

O alvinegro está ansioso, nervoso, porque sabe que a hora é agora, e como eles tanto clamam, "dessa vez não pode passar".

Relaxem, não vai passar.

Hoje é dia de lutar, e também jogar futebol.

Hoje é guerra, Fogão!

É dia de glória.

É dia do Glorioso.

@_LeoLealC

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