24 abril 2015

Sim


Não era para haver este sufoco. Eu sei, eles amam, mas logo tão cedo?

Não era para este peso tão grande cair nas costas de quem já se calejou por estar na competição pela terceira vez seguida e tem um histórico recente tão vasto de decisões.

Não era para se complicarem tanto no meio de partidas que estavam na mão por se pilharem com arbitragem e jogo violento dos adversários, numa inocência de quem parece novato em Libertadores.

Eles não aprenderam a jogar a Libertadores, mas sim conheceram o impossível, descobrindo que ele é alcançável. E isso traz anticorpos suficientes contra qualquer peculiaridade copeira.

Ao término do jogo no México, era senso comum: eles não mereciam se classificar.

Mas quem vai bancar tal premissa quando o homem do apito inicia a batalha naquela arena tão parcial, que funciona só de um lado? Quem teria a audácia de concordar com esta errata na frente daqueles dissimulados do lado de fora que fingem estar acreditando, quando na verdade têm certeza?

Eles têm sorte. Ao tombarem em terras arribas, transformaram o último jogo em confronto direto, anteciparam um mata-mata e ganharam mais uma missão "impossível". A partir dali, não era mais necessário "saber" jogar a Liberta.

O adversário é cascudo, "sabe" disputar a competição. Mas dentro daquela arena, qualquer diploma de Libertadores é rasgado. Não adianta, ela é parcial, injusta.

Não era pra ser.

Foi. De novo.

Quando o pênalti é falho, cria-se o receio de que há alguém por baixo daquela fantasia e o medo de que tratem-se apenas de seres humanos. Até que a haste cria vida e o libertador petardo derrota as mãos, as luvas e o vento, buscando de volta aquela saborosa ilusão tão real.

Sim, eles podem.

Sim, eles são super-heróis. Até que provem o contrário.

Ainda não provaram.

@_LeoLealC

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