Um buscando afirmação, outro buscando redenção. Assim, as chances de que alguém arriscasse eram mínimas. Portanto, não havia como esperar um grande jogo.
Como esperado, foi um jogo horrendo. O Vasco não sabia o que fazia. O Flamengo sabia, mas não fazia. Com isso, se viu um domínio territorial do Cruzmaltino, sem objetividade, numa série de falhas tentativas de acoar o Rubro-Negro.
O Vasco enganou, fantasiou ser o melhor em campo, sendo que o maior enganado era o próprio. Sem nenhuma chance criada pelo chão, restou exagerar nas bolas aéreas.
No entanto, já que essa era a única forma, deveria também tentar com a bola rolando. Não conseguiu. Por quê?
Porque Fágner representava 50% das jogadas ofensivas vascaínas. Sem o lateral, que era o melhor em atividade no país, Éder Luís tem agora toda a atenção da defesa adversária, o que impede suas arrancadas. Assim, resta tocar a bola de um lado para outro, na tentativa de arrumar uma falta.
Para o Fla, a postura feia e covarde deu certo. Pouco tinha a bola, mas quando tinha, era mais perigoso. Nesse caso, Dorival conseguiu disfarçar a covardia com objetividade. A formação prioriza os contra-ataques. E hoje, mais uma vez, funcionou.
Sem medo de se apequenar, assumindo o recuo, o Rubro-Negro saiu amplamente no lucro. No melhor momento do rival, aproveitou uma chance e matou o jogo.
Para o Gigante da Colina, faltou o simples, o que daria confiança para tentar fazer a diferença, pois com as peças que ainda tem, consegue . Mas, para isso, é necessário organização. E quando é Juninho que está marcando na área de defesa e Dedé que está na intermediária chutando em gol, algo está errado.
Um Flamengo jogando para não perder. Um Vasco com medo de atacar pelo chão. Assim, quem "achasse" um gol, liquidaria a fatura.
O Fla "achou".
Jogo "feio". Duas equipes, hoje, "feias".
Vitória do Fla, um "feio" organizado.
@_LeoLealC
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