(Foto: Marcelo Sadio) |
Assim, pressão do Flu, nada de gols e um primeiro tempo agitado, mas chato. Um jogo normal no Engenhão, nada fora do roteiro, tudo previsível.
E se é previsível, não é clássico.
Vem o segundo tempo. O Vasco equilibra o jogo, acerta um contra-ataque e sai na frente.
Precisando da virada, com o time cansado, "já era", pensava o Tricolor, que estava sim, ligando para o jogo. Se não ligasse, não iria com força máxima.
E então, sua força máxima, em dois lances de sorte, mérito, falha do adversário, o que for, chega à virada. O impossível mostra, mais uma vez, que não existe no vocabulário verde, branco e grená.
Desse jeito, o Fluminense ia se classificando, pelo elenco melhor, por querer mais a vitória. "Já era, Vasco!" Tudo no script, tudo conforme o previsto.
E se é previsível, não é clássico.
E quando o impossível pairava sobres os ares da Colina, surge um menino, mostrando o poder de decisão que seu nome lhe dá.
Tudo muda. De novo!
Dali em diante, teoricamente, tudo voltaria ao jeito que começou. Seriam uns 8, 9 minutos de pressão tricolor e Vasco fechado, buscando os contra-ataques. Era o que dizia a lógica, era o previsto.
E se é previsível, não é clássico.
Satisfeito com o empate, querendo segurar a classificação, Gaúcho mandou Dedé voltar. Naquela altura, ninguém entendia nada, o desespero e o impulso tomavam conta dos dois lados.
Dedé não voltou, foi. Foi à bola, foi às redes, foi à classificação. Foi dar fim a um jogo histórico, garantir uma classificação fantástica.
São jogos como este que mostram que o estadual ainda pode ser interessante. O vascaíno não estaria tão feliz se realmente não ligasse.
O estadual é chato? Às vezes. Porém é perdoado quando nos brinda com um jogo tão marcante como o de hoje será.
Mas hoje, de jogo tivemos só 45 minutos. Os outros 45 foram de um clássico.
Assim, o Gigante da Colina arranca seus torcedores à força do inferno que estavam, os levanta e lhes dá um pedaço de nuvem, pequeno ainda, para que eles pisem e sonhem com algo maior.
Pois sim, é possível.
E se não fosse, que diferença faria?
@_LeoLealC
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