Não sei se foi culpa da insônia que toda véspera de decisão ordena a me incomodar. Mas quando enfim consegui dormir, algo terrível veio assombrar meu sono.
O pesadelo começava num escanteio qualquer. Bola na área e nosso adorável David esquecia o sujeito alemão livre. Saíamos atrás no placar.
Minutos depois, até o recorde de nosso Fenômeno ia pro espaço. Mais uma vez, os alemães achavam nosso barbante, sem qualquer dificuldade.
Dali em frente, um Mineirão em choque acompanhava um bombardeio inimigo.
Alguns se recusavam a crer e, com apenas 1/4 do jogo corrido, iam em direção à saída do estádio. Pareciam ter a esperança de voltar e ver que tudo não passava de uma ilusão e que a partida ainda estava para ter seu início.
Olhares incrédulos, curiosos. Aquilo realmente estava acontecendo?
Via-se a exceção num pequeno menino, que parecia ter noção do que ali ocorria e caía em lágrimas, quando já havíamos sofrido quatro. Vendo a imagem, eu quase chorava junto.
Éramos jogados como sacos de lixo na amargura da inferioridade. E isso nos doía de forma agoniante.
Belo Horizonte, terra do capítulo mais lindo da história até então escrita, era o lugar escolhido para o maior vexame de nossa existência.
Em nossa casa, éramos humilhados.
Um apagão, uma aula tática, um massacre técnico e objetivo que nos tornava vítimas de um holocausto sobre chão verde.
E diante de um sentimento de tristeza e desgosto, procurando uma forma de enxergar o inaceitável, eu deitava em meu quintal olhando para o céu.
Ali, então, acordei.
Tudo parecia muito real. E cá estou, assustado com o tormento que acabo de ter neste sonho.
Ufa! Era só um pesadelo.
Agora volto a dormir, ansioso, pois amanhã tem Brasil na Copa.
E mesmo sem nosso craque e nosso capitão, eu acredito!
Pra cima da Alemanha!
#Faltam2
@_LeoLealC
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