E logo após a melhor atuação do Grêmio no século, surge o Galo, imbatível no Mineirão lotado, dependendo só de si para manter a liderança. Quatro dias após um dos maiores títulos da história do verdadeiro troféu à parte que é o Grenal, o Imortal tem pela frente o maior teste para saber o que realmente vai buscar neste Brasileirão.
Duas opções, então, são oferecidas: se dar por satisfeito com o passeio de domingo e a luta pelo G4, se comportando passivamente perante o objetivo do adversário, ou mostrar de vez para Atlético e Corinthians que há mais alguém nessa briga.
Boa parte dos grandes jogos deste Brasileirão, até agora, envolveram o Galo, o que explica o fato dele estar desde o início lá em cima. Mas naquela noite de quinta, a entrega a domicílio de mais um espetáculo chegou acompanhada de uma carta, contendo o seguinte aviso:
"Olha o Grêmio..."
O Atlético se tornou assustador jogando em Minas. Portanto, consequentemente, foi espantoso ver a postura do Tricolor. Frio, equilibrado, nunca esquecendo do ataque. Esperando o Galo, mas sem titubear a propor o jogo.
Perfeito.
O anfitrião que se acostumou a botar medo em casa viu um visitante abusado, que já chegou abrindo a geladeira e botando o pé no sofá. Sua mulher, sempre fiel, entendeu que nem todo mundo tem noção do perigo e o perdoou ao fim da noite pela liberdade dada ao estranho.
Os dois dormiram juntos. Ela de chico, mas eles ainda abraçados.
A maior prova de ambição neste campeonato é bater de frente com o Atlético no Mineirão e não se encolher.
O Grêmio viveu a melhor semana de sua década. E na metade do Brasileirão, acaba de dizer exatamente aonde quer chegar.
Há mais um na briga. E a distância pro líder é de 4 pontos.
Domingo, o Corinthians enfrenta o Avaí. O Galo, a Chapecoense. Os dois jogos em Santa Catarina, onde os dois catarinenses são bem enjoados.
O Tricolor tem o Joinville. Em casa.
"Olha o Grêmio..."
@_LeoLealC
Foto: Pedro Vilela/Getty Images
Foto: Pedro Vilela/Getty Images
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