Morumbi lotado, São Paulo na terceira colocação, estreia de Luís Fabiano. Cenário perfeito para o Tricolor paulista ir para cima do Flamengo. Só faltou avisarem para Adílson Batista.
Com um disfarçado esquema com três volantes, o treinador impediu que a equipe jogasse no primeiro tempo. Contra um Flamengo também com 3 volantes, também covarde, também previsível, o SPFC parecia se contentar em depender dos lampejos de Lucas.
Ao invés de colocar Dagoberto para avançar nas costas de Júnior César, principal arma rubro-negra no jogo, impedindo os avanços do lateral e aumentando as chances de contra ataque para o Tricolor, Adílson preferiu manter um estilo absolutamente igual ao adversário, tendo como referência Luís Fabiano, que estava visivelmente fora de ritmo.
Mesmo assim, a equipe paulista era melhor que a carioca. O Flamengo mostrava um futebol apático, característico das últimas rodadas, e dependia totalmente de Ronaldinho.
Até que o único sujeito do Tricolor que levava perigo, Lucas, foi expulso em duas faltas infantis. A tendência do jogo passava a mudar.
Luxemburgo resolveu ousar, algo que vinha faltando ao Fla. Sacou Aírton e pôs Diego Maurício, avançando o Rubro-Negro. E o que fez Adílson? Sacou Luís Fabiano para a entrada dele...Carlinhos Paraíba!
Com isso, sua equipe passava a jogar com 4 volantes, em casa e precisando da vitória.
E depois de Rogério Ceni salvar o São Paulo em oitocentas e setenta e duas vezes, o Flamengo, querendo ganhar, conseguiu seu gol.
Foi a hora do juiz mostrar seu lado covarde. Após enxergar o que ninguém mais viu, o árbitro expulsou Willians, que já tinha amarelo, mas mal encostou em Carlinhos Paraíba. Estava "compensada" a expulsão de Lucas.
Com a nova igualdade numérica, Adílson se viu na obrigação quase contratual de avançar. Promoveu a entrada de Henrique e Rivaldo.
O São Paulo achou o empate com Dagoberto, que 2 minutos depois, só não foi expulso porque o árbitro foi covarde. O atacante praticamente chutou a perna de Rafael Galhardo e já tinha cartão amarelo.
Quando o jogo caminhava para o justo empate, o Flamengo achou seu gol com Renato. Por ironia do destino, Carlinhos Paraíba desviou a bola, tirando de Rogério Ceni. A bola pune, meu caro Adílson.
Resultado para instalar a crise no Tricolor Paulista, que não vence a três rodadas e recolocar o Fla na briga pelo título. Por mais que não tenha feito uma partida convincente, esse vitória traz de volta a confiança ao Rubro-Negro carioca na briga pelo título.
Acredito que a vitória seria impossível caso Adílson Batista fosse o técnico rubro-negro. A equipe só venceu por causa dos minutos em que resolveu jogar buscando o resultado. Coincidentemente, os mesmo minutos em que o São Paulo resolveu abdicar da vitória. Não fosse a ousadia de Vanderlei Luxemburgo, o resultado para o Flamengo dificilmente seria positivo.
Para que o futebol feio não seja criticado, é preciso que se tenha resultado. Mas desse jeito fica difícil né Seu Adílson?
O Tricolor foi absolutamente covarde em todo o jogo. O Rubro-Negro, nem tanto. Para não perder para o fraco São Paulo, bastava que o Fla não perdesse para si mesmo. E o time não jogou tão mal a esse ponto.
Jogou para o gasto. Vitória para o gasto. Três pontos preciosos e astral renovado no Campeonato Brasileiro.
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