05 setembro 2014

11 homens e uma estrela


O que esperar de um time que não anima no papel, faz um ano medíocre, passa o ano inteiro com problemas de salários, promessas de greve e está com a desvantagem, fora de casa, contra um bom time?

Pouco.

E no caso do botafoguense?

Nada.

Mas este não precisa de um motivo tão adverso para pensar o mesmo.

A toalha já estava sendo arriada no Maracanã quando Jéfferson pegou o pênalti no primeiro jogo e mostrou que ainda dava.

Não, não dava. Né, botafoguense?

Muito menos quando Andrey entregou o ouro e "sacramentou" a eliminação, já no Castelão. Mas ali, eu te perdoo, alvinegro. Nem eu acreditaria.

Wallyson, goleiro, Ramírez, gol.

Ainda dá?

Hum... 49 minutos? É, não dá mais.

E assim terminaria uma melancólica noite alvinegra.

Até porque, o que esperar de um time que diz estar ali apenas pelo profissionalismo?

André Bahia? O que ele está fazendo ali? Por que pode-se acreditar que desse Botafogo sairá um milagre?

Porque seu time, botafoguense, não é formado apenas por profissionais. É, também, por homens.

E acima de qualquer limitação técnica ou qualquer rincha com os sujeitos de terno que não cumprem seus deveres, estão ali uma camisa e uma estrela, que eles tem caráter suficiente para representá-las.

Do André, saiu o gol. Do impossível, o milagre. Do Botafogo, o improvável.

Não dava?

Deu.

E essa Copa do Brasil?

Ainda dá.

Se não quiser, não acredite.

Só aconselho a não desligar a TV muito cedo.

@_LeoLealC

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