16 dezembro 2012

Foi(,) Corinthians!


O medo já havia passado. A obrigação de não dar vexame já havia sido cumprida. Não havia mais nada a perder.

A mídia, tentando atrapalhar, ajudou. Agigantaram o Juventude globalizado, endeusaram o Schwenck loiro, fizeram deles uma máquina. Para muitos, a vitória do Timão seria um milagre.

Que assim seja, então.

Começa o jogo. A bola sobra para o mais botinudo do "gigante" e acontece o primeiro milagre. O primeiro de muitos. A resposta para a pergunta que encheu a paciência na semana: "Quem é Cássio perto de Cech?" O lance que daria medo em qualquer um, menos no corintiano.

Ali, a tensão se junta à confiança. Confiança de que tanto sofrimento não seria em vão.

O tempo vai passando e esses 90 minutos correm como uma epopeia. O torcedor não era mais carne e osso, era alma. Cada um era parte de uma nação, muito bem representada em Yokohama, por sinal. Cada um vivia sua vida da forma mais intensa. Afinal, a vida de cada um era o Corinthians.

Sim, o Corinthians! E dane-se a dívida no banco, o problema no conserto do carro, o IPTU e até um problema de saúde. Era o Timão, o coração e a alma de cada um em busca do milagre. Uma força maior que a vida que o futebol inexplicavelmente proporciona.

O tempo passa, um bando de loucos não para de cantar, seja no Japão ou aqui.

Lá, 5% do estádio tenta um "Come on Chelsea", mas é vaiado. Não era noite deles. A noite é uma criança, não de crianças. E o Chelsea ainda não trocou suas fraldas no mundo da bola. Era noite de gigante.

Semana passada, passava pela cabeça de Guerrero não fazer parte desta história. Mas ele foi. No sacrifício, contagiado, louco.

Quarta, lá estava ele para evitar o pior.

Hoje, lá estava ele para realizar o principal dos milagres.

Chorado, sofrido, como for. Para o corintiano, o gol mais bonito do ano.

Guerrero ainda não tem noção do que fez, do que representou. Dificilmente terá. Mas a Fiel tem consciência do que fez o peruano. O suficiente para lhe deixar com a sensação de dever cumprido.

A partir dali, mais 25 eternos minutos, onde a confiança e a certeza viravam fatos e a tensão dava lugar à ansiedade.

Nesse tempo, o último dos milagres acontece. Cássio, de novo!

Chegam os 45 minutos e lá vinham mais 4. A tensão acabou, mas a ansiedade aumenta.

E os 4 viram 5 ou 6. O juiz não queria terminar o jogo, de jeito nenhum.

No último lance, mais um perrengue. Afinal, é Corinthians.

Acabou o jogo. Acabou o mundial. Começa um período de pelo menos um mês onde o chão do corintiano vira nuvem. Um tempo onde a vida de cada Fiel será a melhor a se ter.

Duvido que um cara que ganhou na loteria hoje esteja mais feliz que um Fiel.

Hoje, o mundo é louco. Hoje, o mundo é preto e branco. Hoje, o mundo é Fiel. Hoje, o mundo é seu, Timão!

Os Fiéis clamaram, não pararam: "Vai, Corinthians!"

E ele foi.

Foi, Corinthians!

Foi Corinthians!

@_LeoLealC

14 dezembro 2012

90 minutos ou 2 gols

(Foto: Leonardo Soares/UOL)
Eles não vieram para jogar bola. Afinal, não sabem. Vieram para arrumar confusão, causar baderna, desrespeitar e tentar manchar o título tricolor, que era certo. Pois nisso, são graduados, acham lindo. E enquanto os baba-ovos continuarem a idolatrar essa covardia, ali estarão eles, fazendo de tudo em campo,  menos jogar futebol.

Tentaram, mas não mancharam. Apanharam. 

Se algo manchou, foi o vestiário, e de sangue. Pois enfim, tiveram o tratamento que mereceram. Finalmente, não foram recebidos com tapete vermelho, buquês e beijos nos pés. Finalmente, tiveram a confusão que queriam, mas não do jeito que a queriam. 

Se os seguranças bateram, é porque tiveram motivo. Não iriam enfiar a sapata se os barraqueirinhos não fossem arrumar quizumba no intervalo. Inteligente foi o São Paulo, que ordenou os homens de preto para fazerem tudo no vestiário, nas escondidas, onde por mais que não faltem indícios, não haverá prova alguma.

Sacaram revólveres? Talvez seria uma hipótese a se levar em conta, se não fosse o jornal Olé quem a levantou.

E então, os coitadinhos não voltaram para o segundo tempo. Bom para eles! Estavam tomando só de 2. Se voltassem, levariam de 6 ou 7.

Assim, foram humilhados no campo, onde já era esperado, e no caráter. Os "exemplos de valentia" de muitos daqui mostraram a real identidade. São perebas, pequenos e acima de tudo, covardes!

E não. Os são-paulinos não estão decepcionados pelo título ter sido do jeito que foi. Para que jogar toda a partida se todos já sabiam o resultado?

Seria mais legal, sim. Seria lindo ver o Lucas pedalando, fazendo embaixadinhas na linha de fundo e passando seu algodão sujo de sangue no rosto do bonitão que lhe deu a cotovelada. Seria ainda mais sensacional ver as tigresas revoltadas e, em minoria, apanhando.

Mas não aconteceu. Não interessa, também! O título não foi bonito, mas a história envolvida sim. E isso é o que importa.

Foi um título para mostrar que o conhecido futebol tricolor está de volta, que copeiro é copeiro e não importa se está no Morumbi, no Pacaembu, na Vila Matilde ou na Várzea. E por isso, nenhum show da Madonna atrapalharia a festa.

Foi um título para consagrar mais um ídolo no coração do torcedor. Um ídolo que certamente voltará, provavelmente antes dos 30, em seu auge, para aumentar ainda mais seu status.

A torcida são-paulina apelida, carinhosamente para quem faz parte, arrogantemente para quem é contra. Soberano!

Sim, soberano! Dominou um campeonato onde o único adversário que poderia lhe ameaçar saiu por uma pane de 20 minutos.

A final? Esqueça. Foi tão insignificante quanto "las bibas" que a protagonizaram.

Até porque, um 5 x 0 sobre o campeão do ano passado merece muito mais lembrança do que uma vitória na decisão sobre um time de pelada. 

E em pelada, 2 gols é fim de jogo.

Boa São Paulo!

Soberano.

Agora, campeão de tudo.

@_LeoLealC

12 dezembro 2012

E daí?

Sim, era para trucidar. Ok, não precisava daquele sufoco. O Corinthians tem, sim, time para fazer 4 ou 5  no Al-Ahly (Quem?).

Mas, a verdadeira obrigação não era golear. Bastava não passar vergonha, que a missão estaria cumprida. O que fez com que o Timão entrasse em campo com mais medo do que vontade de jogar.

Pronto. O medo passou. A obrigação de vencer já foi. Com a provável goleada do Chelsea, amanhã, dirão que com esse futebol o Coringão não leva.

Ótimo! Para o Corinthians, nada precisa ser esperado. Assim como não era esperado o perrengue de hoje, não acreditarão no título, domingo.

O Chelsea de Di Matteo tinha exatamente a mesma característica do Timão de Tite. Assim, pela qualidade das peças, os ingleses levariam vantagem.

Mas agora, o Chelsea de Benítez é uma equipe perdida em campo. Boa individualmente, e só. Assim, o Timão tem a faca e queijo nas mãos para dar um nó tático e controlar o jogo.

Os ingleses jogam um futebol feio, perdido, apostando na individualidade. O Corinthians não tem um jogo bonito de se ver, mas é um futebol feio bem jogado, sem a individualidade.

Jogo feio que levou a Libertadores, fez um Brasileirão sem sustos e hoje, contra o poderoso campeão africano (Quem?) foi suficiente para não dar vexame.

Para o Corinthians, o fácil não tem graça. O sofrimento é bem-vindo, faz bem.

Portanto, hoje o Timão passou por um aperto necessário. Um aperto que dá história para contar a um corintiano daqui a 10 anos, sobre o possível título.

Jogou bem? Não. Não jogou absolutamente nada!

Deu alegria à torcida? Alguns dirão que sim, alguns dirão que não.

Mas e daí? Ela está marcada para domingo mesmo...

@_LeoLealC

28 novembro 2012

Boa, CBF!

Nem se ressuscitarem Telê Santana, um técnico para a Seleção será unânime. Não, Guardiola não era a preferência nacional. Era, sim, a preferência do Twitter, que não representa 5% da real torcida.

Muricy? Não seria muito legal a escalação com Rafael, Thiago Silva, David Luiz, Réver, Dedé, Leonardo Silva, Luisão, Cris, Castán, Rhodolfo e Neymar. Como é um cidadão virado para a Lua nas horas erradas, ganharia da Inglaterra com um gol de bola parada ou num lance genial de Neymar e seria "o gênio".

Tite? Se ele mesmo diz não estar preparado, que argumentos podem ser utilizados a seu favor?

Guardiola? Uma incógnita. Os citados acima também são, em parte, mas não se pode avaliar a qualidade de um técnico em 3 anos e meio de trabalho. Sim, foi competente no único clube que comandou, mas com aquele time do Barça, Nelsinho Baptista também brilharia e Cuca seria o melhor treinador do mundo. 

Mas será que Pep levaria esse time do Palmeiras ao título da Copa do Brasil? Será que ele faria o Criciúma ter seus únicos 15 minutos de fama como time grande? E ainda levaria Portugal ao 4º lugar da Copa com Maniche, Nuno Valente e Costinha?

No comando da Canarinho, faltavam 3 coisas fundamentais: currículo, personalidade e, acima de tudo, aceitação. O vasto currículo de Scolari nem precisa ser mencionado. Ao mesmo tempo, não dá ouvido a palpites. Faz o que acha que deve ser feito e banca suas decisões. Em 2002, fez o povo voltar a vestir a Amarelinha com orgulho, que havia sumido, como hoje.

Felipão pode não ser um técnico que combine totalmente com o futebol moderno. Mas, analisando os resultados brasileiros nos últimos anos, vemos que a própria Seleção não combina.

Vemos com ainda mais nitidez que não nos damos bem quando seguimos uma tendência. Temos é que criar uma! E se Scolari mudou tudo em 2002, por que não pode mudar agora?

Enfim, a CBF pensou. Finalmente, não escolheu na base do "não tem tu, vai tu mesmo".

Tinha como opções várias incógnitas. Escolheu uma que já deu certo. Assim, arriscou racionalmente.

Tem muitos problemas, e foi buscar a única peça que pode solucioná-los em uma mesma tacada.

Felipão é o nome. Já é ídolo de muitos. Agora, pode se transformar, de vez, em ídolo dos "exigentes". Que tem cacife para isso, já não precisa mais provar.

Muito bom, CBF! Pensou, mas não enrolou. Apostou num cidadão que todos sabem de sua capacidade. Não teve lenga-lenga. Não fez loucura.

Bela escolha!

Não inventou. E isso basta.

@_LeoLealC

13 novembro 2012

Incontestável

(Foto: Yasuyoshi Chiba/ AFP)
Eles sofreram a eliminação mais dolorosa da Libertadores.

Eles aguentaram, durante todo o tempo, torcida e mídia contestando a capacidade deste time, melhor da fase de grupos da Liberta e melhor em todos os quesitos no Brasileirão.

Eles foram perturbados ao extremo por uma torcida reclamando de um técnico "retranqueiro". Retranca que magistralmente resultou no melhor ataque e no maior número de vitórias do campeonato.

Eles não perderam nenhum clássico até agora.

Eles se sentiam em casa no Nordeste, em São Paulo ou no Sul.

Eles perderam para o lanterna. Em casa!

Eles se reergueram, com 5 vitórias seguidas. E foram chicoteados por uma suposição de um complô da arbitragem nos triunfos.

Eles trapacearam. Não jogaram bonito, mas sempre havia alguém para decidir.

Eles são covardes. Podem ganhar o jogo na hora que quiserem. Tentam uma mesma coisa o tempo todo, sabendo que uma hora vai dar certo. E dá. Porque quando Fred não resolve, Nem está lá. Quando ele não dá conta, lá está Thiago Neves. E por aí vai, até que alguém resolva.

Eles tem o melhor meia em atividade no Brasil, que jogou apenas metade dos jogos bem fisicamente. E não fez falta nos outros.

Eles tiveram o goleiro mais decisivo de uma edição de pontos corridos.

Eles têm a zaga "fraca" mais eficiente do Brasil.

Eles têm um cidadão que nasceu virado para Lua, que está sempre no lugar, no momento certo.

Eles deram emoção, com tantas vitórias sofridas, a um campeonato que, olhando friamente, foi "sem graça".

Eles são o time a ser batido.

Eles fizeram história.

Eles, enfim, convenceram.

Fluminense, campeão com todas as letras, com todos os créditos.

Campeão porque é o melhor. Campeão porque é Tricolor.

E ai de quem chiar!

@_LeoLealC

08 novembro 2012

Fim

(Foto: Cezar Loureiro - O Globo)
Ele teve tudo que um "doente" precisa: segunda, terceira, quarta, milésima chance, acompanhamento psicológico, gente que confia no seu potencial. Tudo isso no seu clube de coração, perto da única torcida que ainda acreditava no novo/velho Adriano.

Desistiu mais uma vez, e não é um coitadinho por isso. Coitados são os que ainda acham que há saída para essa carreira, já jogada fora pelo craque.

Eu acreditava, confesso. Se quisesse, Adriano hoje seria o melhor atacante brasileiro em atividade, um dos melhores do mundo. Estaria liderando a seleção brasileira, que é ótima, mas carece de um líder mais experiente.

Não quer, não quis. Tinha faca e o queijo nas mãos, mas não usou. O "doente" não merece mais que sintam pena.

Sua doença psicológica é maior que a do alcoolismo. E nenhuma das duas ele procura tratar. Assim, não acha o futebol.

Ele não tem que parar de beber, dormir 10 da noite e usar boné no sereno. Ele precisa respeitar. Respeitar à instituição pra qual presta serviço, aos profissionais que lhe dão tudo que precisa e acima de tudo, a si próprio.

Não se respeitou e deu brecha pro jornalismo inútil. Deixou a imprensa fofoqueira se fazer em suas costas. É inútil, mais existe, e não adianta reclamar se não foge dos vendedores de revista.

E então sai do Flamengo dizendo que pretende voltar em 2013. Antes, poderia voltar na hora que quisesse, dominava o Fla. Agora, Zinho faz pelo menos sua parte e diminui a bagunça na Gávea. Não tem mais volta.

O Flamengo, o Brasil, todos querem o Imperador de novo, mas não há mais por que ainda acreditar.

Ele acredita, mas não quer.

Acabou!

Triste fim de uma carreira que poderia ser mais brilhante do que já foi.

Agora vai viver sua vida, que sem o futebol, é um perigo. A chance de curar a "doença" é menor.

Mas, sem a ligação com a bola, passa a ser menos vigiado. Tem a liberdade que tanto procura.

Fato é que não é de agora que Adriano não merece e nem precisa ser o principal assunto, seja falando bem ou falando mal.

Aliás, nem sei porque ainda escrevo sobre isso. Chega!

@_LeoLealC

18 outubro 2012

Hoje não!

(Foto: Nelson Perez/Fluminense. F.C.)
Estádio lotado, clima de mata-mata (não era, infelizmente), virada, empate no fim com um a menos e  ninguém falando de arbitragem ou tentando convencer de que há existência de um complô.

Não parece, mas ainda é possível. Acredite!

Ainda há como os jogadores serem mais relevantes que o árbitro. Ainda há como o senhor do apito não ser o assunto do dia seguinte.

Eu sinceramente prefiro acreditar que isso aconteça por incapacidade, falta de competência. Não por má fé e "esquemas". Mas, querendo ou não, eles são o assunto. Até indiretamente e de forma involuntária, como no caso desse post.

Mas esqueça-os, pelo menos por hoje! No Engenhão, quando foi "exigido", o juiz acertou.

Fluminense e Grêmio fizeram um jogaço, um dos melhores do campeonato.  E hoje, dia seguinte, o assunto é o jogaço. Com raras exceções, arbitragens não ficam na memória. Jogos decisivos, sim. O de ontem, ficará.

Nas últimas rodadas, toda abertura de programa esportivo tinha algo parecido a: ''Com arbitragem polêmica, fulano perde, se complica, blá blá blá". Hoje, gira em torno de: "No Engenhão, um jogo de arrepiar".

Pelo menos há esperança quando, depois de um jogo tão decisivo, o assunto mais chato seja a burrice de um jogador numa expulsão.

O Torcedor do Flu ainda não entende o porquê do Fred não ter passado a bola do jogo para o Sóbis, livre na marca do pênalti. O gremista quer enforcar Marcelo Moreno. Mas nenhum dos dois passou o dia resmungando que Aguebaldo não estava impedido, que foi mão do Zé Toinho dentro da área ou que Osbâncio defendeu a bola após a linha.

O campeonato, infelizmente, está sendo do apito.

Mas Flu e Grêmio mostraram que também pode ser deles.

Foi o jogo do Fluzão mostrando o porquê do título estar cada vez mais perto e o Imortal gaúcho jogando de uma forma que valoriza o caneco carioca.

Hã? Mas já?

Quando se tem time, técnico e futebol com cara de vencedor, fica mais fácil cravar o que acontecerá.

Mas não, ainda não farei isso. O futebol trai, a bola pune.

Opa, cinco parágrafos sem falar de arbitragem?

Droga, falei de novo!

@_LeoLealC

14 outubro 2012

Não caia nessa

(Foto: Bernardo Monteiro/VIPCOMM)
- Vai, corre! Não se preocupa em tocar, manter a posse de bola, chutar, cruzar, driblar. Corre! Apenas isso. Corre, corre, corre, corre, que você chega lá.

Correria faz parte do futebol, mas não o comanda. Não confunda uma equipe que corre com uma veloz.

Flamengo e Cruzeiro, quando tinham a bola no pé, não a trabalhavam, não pensavam. Apenas corriam. Assim, tentaram enganar, fingiram fazer um bom jogo.

Não acredite que os dois tenham alguma pretensão no campeonato. Com o futebol que estão jogando Sport e Palmeiras, o Fla não precisa se preocupar com degola. A Raposa, com esse estilo de jogo sem graça, seria criminosa ao pensar em G4.

Mas, lá estava a tal correria para fantasiar um jogo com emoção. Movimentado, disputado, foi. Emocionante, nem perto.

Para o Flamengo, só existia o lado direito do campo. Achando que Wellington Silva é Maicon, forçando todas as jogadas no garoto, o jogo Rubro-Negro passa a ser manjado desde os 10 minutos iniciais de qualquer partida.

Na Raposa, a única esperança de algo produtivo no ataque é quando a bola passa por Montillo. Mas, nessa fase do argentino, a esperança é quase nula.

Com um já sabendo o que faria o outro, restou correr para tentar fazer mais rápido.

Não adiantou, não convenceu.

Não acredite nos 22 que tentaram lhe enganar.

Não caia nessa de futebol artificial.

Mengão e Raposa tentaram convencer de todas as formas que a partida foi ótima.

Mas não, não foi.

@_LeoLealC

09 setembro 2012

Esperança

Virou rotina. Para o Flamengo, vexame se tornou algo normal. Desde a fraca equipe do Coritiba a gigantes, mas com futebol tão sem graça como Corinthians, São Paulo e Inter, qualquer uma é favorita ao enfrentar o Fla.

É impressionante. O Rubro-Negro parece ser pós-graduado em tirar adversários da crise. Sem dúvida, o pior Flamengo do século XXI. 

A falta de técnica, antes compensada pelo excesso de vontade, soma-se agora com a também falta da mesma. Uma apatia estranha, um time estranho.

Porém, diante de todos os problemas, existe uma série de fatores que possam fazer o Flamenguista sonhar com algo maior no Brasileirão.

Desde a diretoria, passando pelo comando futebolístico, até os onze em campo, há uma lista com tudo que possa fazer o torcedor Rubro-Negro ainda acreditar numa volta por cima.

Segue abaixo tal lista:

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Boa noite a você Rubro-Negro, hoje, totalmente desanimado e desiludido com seu time.

@_LeoLealC

06 setembro 2012

Botafogo de Seedorf. Seedorf do Botafogo

Faz tempo que desisti de me pronunciar sobre o Botafogo. Mostrando uma cara diferente em cada jogo, sendo a equipe mais imprevisível do campeonato, o Glorioso já enganou a todos na competição, fazendo com que em cada hora se pensasse numa perspectiva diferente.

A equipe nunca chegou a encantar no Brasileirão. Não como um todo.

Antes guardados e escondidos, o encanto e a magia encontraram, enfim, um refúgio para se manisfestarem. É nas pernas de Seedorf que o jogo Alvinegro se torna bonito, admirável. Um jogador que, com o passar dos anos, criou seu próprio estereótipo, que faz uma equipe ser sua.

Se sozinho, era o "Real de Seedorf". Se com uma estrela em melhor momento, era o Milan de "Kaká e Seedorf". É um craque que joga pro time, fazendo seu nome se ligar automaticamente ao clube, e vice-versa.

Clarence é a soma perfeita do jogador brasileiro com o jogador europeu, misturados cada qual em sua dose. Sempre foi profissional, levando o futebol a sério, com obediência tática e preparo físico de causar inveja em qualquer "estrelinha" de 20 anos por aí. Mas também com a malandragem, com o jeito moleque de se jogar.

Joga da forma mais simples um futebol complexo. É, acima de tudo, um jogador diferente.

Se leva e deixar levar ao Alvinegro. Assim, também traz o Fogão para si.

O time que, antes, dependia de Loco Abreu para pôr medo, tem agora um ser para trazer medo, respeito e admiração aos adversários.

Os dois, juntos, dariam um ótimo caldo. Mas aí já é uma questão para ser colocada em mais um "e se?" do futebol.

O torcedor alvinegro não esperava nada grandioso ao enfrentar o Cruzeiro, em Minas. Mas lá aparece Seedorf, decidindo, sendo o Botafogo em sua perna direita. Um dos poucos casos onde a dependência de um jogador faz bem ao time.

Até porque, não é dependência ao pé da letra. A questão é que a cara do Glorioso se encontra em Seedorf.  Pois em dia de craque, em dia de Clarence Seedorf, o Bota tem a certeza de que sairá algo bom em campo.

O Botafogo é imprevisível. O Botafogo de Seedorf, não.

Assim, o Seedorf do Botafogo faz bem ao Glorioso e ao Brasil.

Hoje, fez bem a todos.

Menos à Raposa, é claro!

@_LeoLealC

27 agosto 2012

Até quando?

Eu poderia fazer o balanço do primeiro turno, escrever sobre como a rodada foi boa para os tricolores, falar sobre o clássico de Minas, um dos jogos mais emocionantes do ano, ou qualquer outra coisa que devia, de fato, interessar.
(Foto: Washington Alves/VIPCOMM)

Não. Hoje, ao invés de comemorar a vitória de seu time ou culpar o técnico ou algum jogador pela derrota, o torcedor está dando mais atenção à arbitragem e aos vândalos que infernizam e amedrontam os arredores do estádio.

Infelizmente, preferem frizar o que há de ruim, sem dar os devidos méritos ao que há de bom, numa tentativa inacabável de desvalorizar nosso futebol.

Sábado, clássico e grande vitória do Fluminense, que avançou à vice-liderança. O que mais chamou atenção? A grande atuação de Thiago Neves? A segunda derrota consecutiva do Vasco em clássicos?

Não. É lógico que os torcedores dos dois times preferiram encher o saco com relação à arbitragem, por lances que não fariam a diferença no resultado, pois quem tinha que fazer, fez.

Longe de mim achar que os bandidos ditos torcedores mereçam a impunidade. Mas nunca, NUNCA meia-dúzia de indigentes serão mais relevantes que qualquer clássico carioca. Não foi nada feito pela torcida do Flu, assim como domingo passado não foi a torcida do Flamengo. Isso é obra de uma minoria que mal se podem chamar de seres-humanos. Minoria que pareceu ser mais importante que a partida em si.

Domingo, melhor Cruzeiro x Galo dos últimos anos. Mas quem vai ligar para o gol de placa de R49 e o empate cruzeirense no último minuto, se houveram motivos para as duas equipes protestarem contra o árbitro e mais uma obra dos indigentes?

Assim, pouco foram lembrados o bom jogo que foi Corinthians x SP e o fraco, mas de ampla importância Bota x Fla, no qual ainda consegui encontrar flamenguistas descontentes com o árbitro.

Ontem, às 16h, enquanto rolava clássicos no Pacaembu, no Engenhão e no Beira-Rio, entro no twitter e me deparo com um jornalista brasileiro na cruel dúvida entre assitir o jogo do Real Madrid ou o do PSG.

Até quando vamos desvalorizar o futebol brasileiro?

Até quando vamos deixá-lo esquecido, dando lugar a elementos fúteis e inúteis?

Que tal profissionalizar a arbitragem, tomar as devidas atitudes com os vândalos e pensar somente no que acontece com a bola, dentro das quatro linhas?

Bom dia para você, que ainda valoriza e acredita em nosso futebol.

@_LeoLealC

19 agosto 2012

Méritos pelo simples

Um buscando afirmação, outro buscando redenção. Assim, as chances de que alguém arriscasse eram mínimas. Portanto, não havia como esperar um grande jogo.

Como esperado, foi um jogo horrendo. O Vasco não sabia o que fazia. O Flamengo sabia, mas não fazia. Com isso, se viu um domínio territorial do Cruzmaltino, sem objetividade, numa série de falhas tentativas de acoar o Rubro-Negro.

O Vasco enganou, fantasiou ser o melhor em campo, sendo que o maior enganado era o próprio. Sem nenhuma chance criada pelo chão, restou exagerar nas bolas aéreas.

No entanto, já que essa era a única forma, deveria também tentar com a bola rolando. Não conseguiu. Por quê?

Porque Fágner representava 50% das jogadas ofensivas vascaínas. Sem o lateral, que era o melhor em atividade no país, Éder Luís tem agora toda a atenção da defesa adversária, o que impede suas arrancadas. Assim, resta tocar a bola de um lado para outro, na tentativa de arrumar uma falta.

Para o Fla, a postura feia e covarde deu certo. Pouco tinha a bola, mas quando tinha, era mais perigoso. Nesse caso, Dorival conseguiu disfarçar a covardia com objetividade. A formação prioriza os contra-ataques. E hoje, mais uma vez, funcionou.

Sem medo de se apequenar, assumindo o recuo, o Rubro-Negro saiu amplamente no lucro. No melhor momento do rival, aproveitou uma chance e matou o jogo.

Para o Gigante da Colina, faltou o simples, o que daria confiança para tentar fazer a diferença, pois com as peças que ainda tem, consegue . Mas, para isso, é necessário organização. E quando é Juninho que está marcando na área de defesa e Dedé que está na intermediária chutando em gol, algo está errado.

Um Flamengo jogando para não perder. Um Vasco com medo de atacar pelo chão. Assim, quem "achasse" um gol, liquidaria a fatura.

O Fla "achou".

Jogo "feio". Duas equipes, hoje, "feias".

Vitória do Fla, um "feio" organizado.

@_LeoLealC

09 agosto 2012

A diferença em um comando

Foi contra uma fraca equipe, a lanterna da competição. Não foi uma atuação de gala, de encher os olhos. Mas os olhos do torcedor rubro-negro, no momento, brilham, se enchem de esperança.

Brilham porque voltaram a enxergar que o futebol bem jogado ainda existe. O pavor da bola sumiu. Para quê bicos para o alto se há a opção da inversão de jogo e da manutenção da posse de bola?

Simples. Com a bola no pé, gol você não sofre. Não sendo ameaçado, sobra tempo para trabalhar a bola com paciência, esperando a hora certa. E assim, o Flamengo chegou a 63% de posse de bola na primeira etapa. Mesmo com ela teimando em não entrar, era uma equipe paciente em campo, que sabia distribuir a bola e variar as jogadas.

Mas por que? Aprenderam a jogar bola de um dia para outro? São fanfarrões e jogam quando querem?

Não. O que acontece é que existe uma grande diferença entre 11 jogadores e um time. Com Joel, era um amontoado de atletas sem saber o que fazer, com medo da bola. Com Dorival, por mais que ainda longe de brilhante, o Fla tem organização, um quesito primário do futebol que a equipe havia perdido.

Uma mudança que já é vista desde Felipe até Love. Os setores mais agrupados, compactos. Negueba sendo aproveitado da melhor forma, os garotos tendo suas chances na hora certa, uma zaga melhor postada. Sem contar a diferença monstruosa de Cáceres para Airton, tanto na saída de bola, quanto na marcação.

Ontem, o que era uma certeza de vexame em 2012 virou uma incógnita. Não há como estipular o rumo da equipe na temporada. Pode ser que a irregularidade se mantenha ou que o time possa brigar pelas primeiras posições.

O que deixa o Rubro-Negro feliz é que agora, ao menos, há esperanças.

É Flamengo, além de tudo, diferente.

Mudou a cara, mudou o time e o mais importante: aumentou a auto-estima e a confiança.

Méritos não apenas de quem está em campo. Fora das 4 linhas, existe um grande responsável pela melhora.

Agora, o Fla tem um time. Agora, o Fla tem comando.

@_LeoLealC

05 agosto 2012

O pouco já basta

(Foto: Globoesporte.com)
Desde a injusta eliminação na Libertadores, na qual foi a equipe que mais a viveu, digo aqui que o Fluminense não pode abaixar a cabeça, pois, jogando o que pode, está entre os 3 favoritos ao título.

Hoje, não foi tudo que pode ser. O que, vale ressaltar, também era mérito do Coritiba.

Pensando bem, uma equipe que quer trancar o jogo e aposta apenas em bolas aéreas, não merece ser parabenizada. Mérito nenhum, Coxa!

Mas, dentro das circunstâncias, se defendia muito bem, com uma defesa segura, fazendo o Tricolor tocar para o lado sem conseguir a objetividade.

Porém, com um a mais, ficou mais fácil para o Flu buscar o que queria.

Ayrton, a melhor opção do Coritiba, tanto pela direita, como nas bolas paradas, foi inexperientemente expulso.

Assim, o Tricolor teve o espaço que desejava. Estava faltando ser Fluminense, mostrar sua identidade. Com espaço para trabalhar as jogadas, foi Fluminense.

E, sendo Fluminense, fica difícil para o Coxa, completo, segurar. Com menos um, impossível.

Um time com Fred, Deco, Thiago Neves, Nem e Wágner não pode sonhar baixo.

E não sonha, quer mais. Se tiver 3 minutos de brecha, faz um estrago.

Hoje teve. E fez.

E assim caminha o Flu, que chama a atenção mesmo quando não é brilhante.

Porque 3 minutos de Fluminense fazem esquecer 87 de um jogo "normal".

@_LeoLealC

22 julho 2012

Detalhes

(Foto: Globoesporte.com)
Um craque como Clarence Seedorf dispensa comentários. O impacto de sua vinda para o Brasil, muito mais. No entanto, existia um grande jogo em volta de toda a pompa para sua estreia.

Não foi por mal, mas o Botafogo se deixou levar pela festa. Tanto o time quanto a torcida, que lotou o Engenhão para o ver Seedorf, não o Alvinegro.

Oswaldo armou um esquema trabalhado para favorecer o jogador. O que, nesse início de trajetória, ainda sem ritmo, é precipitado.

Assim, o Grêmio aproveitou. Foi superior durante todo o tempo até seu gol. Depois, aquela irritante recuada  e seções de bicos para o alto que atingem qualquer equipe brasileira.

E, se o Tricolor foi afoito apenas depois de abrir o placar, o Bota foi em todo o jogo. Dando assim, 60 minutos de superioridade gremista.

Sidão fez o que pôde, enquanto pôde. Ainda abaixo da média, não há como fazer a diferença.

Diferença que foi feita no conjunto tricolor. Uma equipe bem armada, disciplinada taticamente e compacta.

No ritmo de hoje, o Botafogo ainda é uma incógnita, mas com boas esperanças. Enquanto o Grêmio é uma certeza: vai brigar pelas primeiras posições.

Falta pouco para o Bota atingir , taticamente, o que quer. É o pouco que hoje, a equipe de Luxa mostrou ter a mais.

Detalhes separam o Fogão da certeza e fazem do Tricolor gaúcho, superior.

Detalhes que hoje, determinaram o vencedor no Engenhão.

@_LeoLealC

08 julho 2012

Organização

A superioridade tricolor era óbvia. Mas clássico é clássico, e vice-versa. De uma forma diferente, aconteceu o esperado: vitória do Fluminense e jogo parelho.

Porém, além da vitória, se esperava muito mais do Flu. Foi realmente estranho o recuo da equipe depois de abrir o placar. Não é do feitio de Abel se apequenar no jogo, como foi nessa partida desde o primeiro tempo.

Da mesma forma que não é comum a Joel se postar tanto ao ataque, buscar tanto o gol. Joel mostrou que não faz o óbvio porque não quer. Tem medo de arriscar, mas, nesse caso, não é risco. É o óbvio, o indiscutível.

O Fla mostrou que, se bem treinado e escalado, pode ir mais longe.

Porque hoje, apesar da luta e da "boa atuação", o Rubro-Negro foi nada mais que um bom time de pelada no Engenhão.

Enquanto o Tricolor, apesar da surpreendente mediocridade, era compacto, organizado, sabia o que estava fazendo.

De um jeito ou de outro, a superioridade do Fluminense fez a diferença. Mesmo que aquém do que se espera, contra um Flamengo além, a diferença técnica e tática é gritante.

Abel se esforçou para diminuí-la. E conseguiu.

No entanto, ainda assim, era um time em campo.

Vitória de um conjunto que não foi bem, contra um amontoado de jogadores que fizeram mais do que podem, sabe-se lá como. Talvez, por ser Fla-Flu.

Pois hoje, o pouco do Flu ainda é mais que o muito do Fla.

@_LeoLealC

04 julho 2012

Loucura em bando. Loucura fiel

Fiel...

Você tem noção de onde pode chegar hoje?

Já parou para pensar que toda aquela chacota, chateação e perturbação dos rivais pode simplesmente ir embora em 90 minutos?

Entendo. Hoje, pensar nisso é impossível. Você, que tanto fez do Corinthians o seu mundo, hoje, tem como mundo o seu Corinthians. Assim, é impossível parar e raciocinar sobre as consequências, sobre o amanhã.

Amanhã? Que amanhã?

Para você, Fiel, nada mais importa. Serão eternos 90 minutos, onde a alegria e a tristeza podem estar milimetricamente próximas.

Mas quem aqui está pensando em tristeza?

Tendo segundos de pensamento racional, é cabível pensar que ela venha. E, se vier, de nada adiantará dizer, pois o coração corintiano estaria em um grau ainda mais acima da razão...

Mas seu time, Fiel, já entrou para a história. É um Corinthians diferente, que se põe em seu verdadeiro lugar,   maior do que qualquer resultado, qualquer competição. Tratando a Libertadores como prioridade, não como obrigação. É um Timão com a cara de campeão, com um brilho inigualável.

Porém, como já disse, de nada adiantará tal menção em caso de tragédia.

Por isso, o futebol é mágico. Pode mandar por água abaixo qualquer cenário de glória em um desvio aqui, um impedimento mal marcado ali.

Mas ninguém merece mais ser ajudado pelos deuses do futebol do que você, Coringão.

Não seria um título de algum jogador. Seria uma conquista do Sport Club Corinthians Paulista. Sem o tal craque, sem a tal estrela. Talvez, tendo um herói de momento.

E os maiores heróis já são vocês, fiéis.

O futebol é paixão, depois glórias.

Apaixonada, você já é, Fiel.

Para a glória, falta pouco. Muito pouco.

Ninguém merece mais, ninguém pode mais.

Timão...

Agora é com você!

@_LeoLealC

16 junho 2012

Casos e acasos

Virou rotina. O fato do botafoguense estar completamente satisfeito em uma semana e totalmente irritado na outra, agora, é do cotidiano. Venceu: "É o Fogão. Agora vai!". Perdeu: "É sempre assim. Nada dá certo".

Hoje, o botafoguense não acreditava. Normal. Ainda mais se tratando do abandonado Botafogo. Enfrentava o Internacional, um dos favoritos ao título, fora de casa. Cheguei a ouvir torcedor dizendo que levaria um "sacode", seguido de risadas.

As imagens de Internacional 1 x 2 Botafogo (Foto: Ricardo Rímoli)
(Foto: Ricardo Rímoli, Lancenet)
Eu já disse, repeti e digo mais uma vez: O Bota tem um ótimo time. Além disso, é treinado pelo técnico mais ousado do futebol carioca. Se bem trabalhado psicologicamente e apoiado pela torcida, dará uma baita dor de cabeça aos outros no Brasileirão.

Oswaldo de Oliveira impõe um novo estilo ao Glorioso que conhecemos. A confiança, a auto-estima elevada, a união. Teve peito e lábia para barrar as "estrelas", sem causar problemas de vaidade no grupo. 

No temido Beira-Rio, o Colorado não foi superior em momento algum. O jogo foi, em 50% do tempo, igual. E, nos outros 50, de superioridade alvinegra.

É um Botafogo diferente. É uma equipe sem medo, que acredita em si e sabe que pode mais do que tem. Um time que tem seus vacilos, dá seus cochilos, mas com um número de virtudes amplamente maior. 

Se, por acaso, pode sofrer uma virada em 6 minutos ou perder para o Náutico, tem, casualmente, gabarito o suficiente para virar contra São Paulo ou Inter.

Seu grande defeito é a cabeça fraca, o mau psicológico. O que faz do Bota dependente das circunstâncias, às vezes de lances isolados, casuais.

Porém, tem se percebido a cada vez menor dependência de tais fatores e a maior confiança em seu taco.

Uma filosofia que já está na cabeça dos jogadores. Resta transmiti-la à torcida.

Mas hoje, pelo menos por esse momento, não há ninguém mais satisfeito e confiante que o torcedor alvinegro.

Hoje, "É o Fogão. Agora vai!"

@_LeoLealC

13 junho 2012

Pois bem...

Era o começo da noite de um sábado, dia 11 junho de 2011. Um fim de tarde com aquele frio gostoso. Me desloco para a Tijuca, para o aniversário de meu irmão caçula.

Seria uma festa de criança normal, aquelas em que você só vai para comer e perde a paciência com um monte de pirralhos correndo de um lado para o outro. Mas era meu irmão né? Então, ir era minha obrigação moral.

Único adolescente no meio de várias crianças e coroas, fui entrando naquele clima de tédio. E você, já forçando a vista para ler este terceiro parágrafo, está se perguntando: "O que isso tem a ver com futebol?".

Com futebol, nada.

Mas, durante a festa, começo uma conversa com um amigo de meu padrasto que lá havia conhecido, vulgo "Carneiro". Sempre foi de meu feitio ter conversas com adultos sobre futuro, estudos e principalmente, futebol.

E, em uma dessas conversas, contei a ele do meu sonho de me tornar jornalista esportivo, pois futebol é  o que amo e pelos meus ainda humildes conhecimentos sobre o assunto. Foi quando uma simples frase do cidadão me fez pensar como nunca que meu sonho era possível:

"Por que você não faz um blog, cara?"

Em 10 segundos, todo tipo de post que publiquei até hoje passou pela minha cabeça naquele momento.

Assim, 2 dias depois, dia 13 de junho de 2011, começo este trabalho, com uma postagem de mesmo título, tendo como ideia inicial noticiar os acontecimentos do futebol em todo mundo.

Com o tempo, fui percebendo que postagens com opiniões próprias eram muito mais atrativas. Junto com isso, percebi também a minha evolução na forma de escrever, tornando-a mais fácil para entendimento geral.

Com a máxima imparcialidade possível, espero atender às vontades de todos amantes de futebol ao lerem o que esperam de ser a verdade sobre seus times de coração.

Hoje, o Condição Legal completa 1 ano. Algo que seria impossível sem a colaboração de todos vocês, que leem, divulgam, comentam e me ajudam de forma geral. É um carinho retribuído.

Um blog ainda pouco conhecido, mas já adorado pelos ainda poucos que estão comigo nessa caminhada rumo ao meu maior sonho.

Dizer "obrigado" é pouco.

Eternos agradecimentos a todos vocês, por fazerem o CL crescer cada vez mais.

E, em especial, a você, Carneiro!

@_LeoLealC

24 maio 2012

Fazer o quê?

(Foto: Globoesporte.com)
É a hora de não pensar, não dizer uma palavra e tentar esquecer, por mais impossível que seja. Não era o dia. Tinha tudo para ser, mas não foi, não era para acontecer.

Os cenários mais perfeitos para tragédias são aqueles mais preparados para a glória, onde tudo vai bem e, num instante, o inesperado acontece, transformando a alegria e a motivação em um só sofrimento, na mais lamentável tristeza.

Procurar culpados, além de uma senhora perda de tempo, pois não existem, é de extrema ignorância e falta de bom senso. O Fluminense não foi brilhante como vinha sendo, mas não há como a equipe manter o nível de atuação sem Fred e Deco. Em campo, os suplentes podem se esforçar, dar tudo de si, mas a parte técnica faz enorme diferença.

Assim como fez quando, por um momento, a bola caiu no pé de um maestro, o único no fraco time do Boca que sabe tratar a redonda com devido carinho. 

Não há como falar de Libertadores sem falar nos sentimentos e calafrios que proporciona. Não é apenas para se jogar, é para se viver. E ninguém a viveu mais que o Tricolor, ninguém fez tanto sua torcida sonhar, acreditar no "agora vai".

E, se o jogo não fosse ontem, "agora ia".

O Flu foi melhor, mas o sobrenatural o tirou. Algo que fez Cavalieri espalmar para o lugar errado e Santiago estar ali, na hora certa, no lugar certo. Melhor que em 2008, contra um Boca inferior ao do mesmo ano, a lógica e a justiça, que nunca se deram muito com o futebol, também não se entenderam com o Tricolor.

O torcedor tricolor, já acostumado com suas vitórias épicas, inesperadas, provou de seu próprio veneno.

Assim, quem mais viveu a Liberta teve a morte mais dolorida. 

Uma maldade que aprontaram os senhores deuses do futebol.

Agora é cabeça no Brasileirão, onde essa equipe vai dar imenso trabalho. Jogando desta forma, o Fluzão está entre os 3 principais candidatos ao título.

O mundo acabou por um dia. E só.

Não deu dessa vez, mas o ano continua, o brilho não se apaga.

Vida que segue...

@_LeoLealC

21 maio 2012

Você pode, Glorioso!

Um péssimo hábito de, em um instante, tornar errado tudo que vinha acertando, uma estranha mania de não acreditar em si, de jeito algum, mesmo quando as condições sejam favoráveis. O botafoguense, tendo sua parcela de culpa, já se acostumou. Em todo jogo, o Botafogo enfrenta a si próprio, antes do adversário.

Bastaram os dois jogos da final do Cariocão e um jogo no qual tudo de errado que pudesse acontecer, aconteceu, para que o "Fogão invicto, imbatível no Engenhão" desse lugar ao mesmo "timinho de bonecas" que tanto dá quanto tira o sono, pelo menos na cabeça pessimista dos torcedores.

Pera lá, meu amigo! Não é possível que todo mundo desaprendeu. Tá, Elkeson talvez. Mas, Oswaldo de Oliveira armou um senhor esquema, tem peças que teriam lugar em qualquer equipe do Brasil e, antes do Flu resolver brilhar, o Bota jogava o melhor futebol do Rio.

Ontem, demorou um tempo para que a equipe se tocasse de sua capacidade. Foi quando o chilique de "não vai dar mesmo" ficou no vestiário.

Contra o bom time do São Paulo, o Glorioso mostrou que tem força e gabarito para ir bem no Brasileirão, o que todos sabem, mas por ser o Alvinegro, desconfiam.

Confiando em si, o Fogão vai longe. Nesse início de campeonato, sem outro para se preocupar, a equipe tem, sim, motivos para se animar.

Para a tabela, foram 3 pontos.

Para a autoestima, um calmante.

@_LeoLealC

17 maio 2012

Deixa eu jogar, professor!

Sim, técnicos são supervalorizados. Sim, o poder que lhes dão é absurdo, exagerado. Mas, às vezes, é compensado (dependendo do ponto de vista, é claro). Eles também ganham jogo. Da mesma forma que perdem, do mesmo jeito que podem atrapalhar o espetáculo.
(Foto: Lancenet)

Eu, você e qualquer um esperávamos algo melhor em Vasco x Corinthians, algo que realizasse as expectativas. O que se viu foram dois tempos distintos, onde os jogadores até que tentaram, mas os comandantes não deixaram.

No primeiro tempo, o Timão impôs parte de seu ritmo. Porém, as jogadas não variavam, não saiam dos pés de Fábio Santos, Danilo e Sheik. Com Jorge Henrique isolado na ponta-direita, sem uma referência na área, a equipe do Parque São Jorge chega sempre ao ataque, mas não sabe o que fazer, da intermediária em diante. 

Nesse esquema, Alex é muito mal aproveitado, estando perdido, sem saber onde se posicionar, sendo uma preocupação a menos para a defesa adversária. Bastava uma referência em seu lugar, fosse William ou Élton, para a equipe ter o domínio da intermediária de ataque. Pois, assim, haveria uma cautela vascaína quanto às subidas de seus volantes.

Na segunda etapa, com sua livres saídas de bola, o Cruzmaltino acordou para o jogo. Ou, pelo menos, se propôs a isso. Já não é mais surpresa a capacidade que tem Cristóvão de atrapalhar o andamento da equipe.

A organização foi o fator mais preponderante para que os dois times chegassem onde chegaram, mas não basta. É preciso agressão, desejo de vencer. Hoje, isso esteve longe de São Januário.

Organizados, porém medrosos, Vasco e Corinthians fizeram um jogo feio. No máximo, duas chances claras de gol. Algo bem aquém do que se pode esperar.

Empate justo. Se foi bom para alguém, eu realmente não sei.

Jogo ruim, mas com atuações individuais que não decepcionaram. Os 22 em campo buscaram fazer por onde, tentaram se impor.

Assim, obviamente, chegamos aos culpados.

@_LeoLealC

11 maio 2012

Já vi esse filme

Pelos dois confrontos, ambos mereciam a classificação. Fluminense e Internacional, os dois brasileiros que, nos últimos anos, mais estão vivendo a Libertadores, sentindo-a na pele, fizeram, sem dúvidas, o melhor confronto das oitavas.

Onde tudo era igual, o momento fez a diferença. Detalhes que traçam o destino, que vem sendo bem carinhoso com o Tricolor.

O Flu não tem o melhor conjunto, mas hoje, junto com o Santos, tem a torcida mais tranquila e satisfeita no Brasil.

Reclamou do fato de enfrentar o Inter logo cedo. Agora, comemora o quanto isso lhe fez bem.

O Inter, pela campanha que vinha fazendo, em parte, merecia um pouco menos. Hoje, foi um pouco melhor, mais lúcido. Mas essa pouca diferença externa pôde ser encoberta por um fator interno.

O espírito guerreiro, que vem das Laranjeiras, é uma força que tem o poder de chamar o jogo para si, sabe-se lá como. Assim, o Flu se tornava superior em campo, mesmo que emocionalmente, até mesmo quando o adversário demonstrava ser melhor.

E quando este fator se junta ao melhor elenco do Brasil, agrupando vontade e técnica, que nem sempre é tão visível, não há chance de, em campo, alguém ser superior ao Tricolor.

Igual, talvez. Superior, jamais.

O Colorado, jogando como hoje, vai além. Com a volta de D'alessandro e a permanência de Oscar, vai ainda mais adiante. Compacto e paciente, como hoje, o Inter vai dar um enorme trabalho no Brasileirão.

Do lado vermelho, a eliminação não é motivo para enfiar a cabeça na privada.

Mas, em compensação, a classificação, do jeito que foi, torna do Flu a equipe mais fortalecida entre as 8 das quartas-de-final.

Sem sofrimento, sem emoção, não é Fluminense. Foi inesquecível.

Vem o Boca, de novo. Um time que, sem Riquelme, é fraco. Com o craque, é apenas normal.

Tudo bem, olhando apenas o lado do futebol jogado, o Tricolor ainda não está "essas coisas".

Mas é mais que os argentinos, tem um número maior de peças que possam chamar o jogo para si, sejam materiais ou emocionais.

O Boca vem apostando em sua camisa. O Flu, em seu nome e alma. Portanto, leva vantagem.

Pois, a partir de agora, tudo que contenha o nome "Fluminense", causa medo. Não há camisa ou tradição que resistam aos calafrios.

Podem tremer, Riquelme & cia.

@_LeoLealC

10 maio 2012

É assim, é diferente

Não seria vexame, vergonha ou qualquer barra forçada por algum jornal sensacionalista no dia seguinte. No entanto, se o Vasco fosse eliminado, sua derrota seria vista em alguma dessas categorias.

Seria vitória do Lanús, não derrota cruzmaltina. O adversário também tem time, Libertadores não tem "babas", jogar nos caldeirões argentinos é realmente difícil.

Cristóvão fez de tudo para complicar. E complicou, mais uma vez. Dedé fez falta, e o sistema defensivo sentiu, mais uma vez..

O que parecia se tornar fácil, virou desespero. Seja no primeiro confronto, no qual teria uma vantagem maior, seja hoje, onde, consequentemente, seria uma partida de tranquilidade.

Mas e daí? Sem erros, todas as partidas terminariam 0 x 0. Não adianta olhar apenas para o próprio nariz. O oponente também erra, acerta, complica e facilita. O futebol é um jogo movido por dois personagens, onde o equívoco de um, acarreta o triunfo rival.

O Gigante da Colina é um time que atrai a emoção para si. Hoje, em certo momento, a confundiu com covardia, mas a virou em seu favor, como vem fazendo regularmente. Assim, por mais que existam mil motivos para desconfiança, os torcedores acreditam, não perdem suas esperanças.

Ninguém gostou da escalação do Nilton? Não tem problema. Do nada, ele solta um petardo e vira rei.

Prass não pega pênaltis? Sem preocupações. A bola pode subir mais um pouco e ir na trave.

Acha o Cristóvão fraco? Também acho. Mas, essa laranja podre não apodrece as boas. Fazendo besteiras, de um lado ou de outro, dá a sorte de estar à frente do comando Cruzmaltino no momento mais encantador da equipe no século XXI, onde o poder dessa camisa cobre qualquer burrada que possa ser feita.

Assim, errando (ou acertando, como quiser)  nas "horas certas", o Vasco não vê "tempo ruim" para ser Vasco. A qualquer momento, em qualquer chute, onde menos se espera. Torna-se uma surpresa previsível.

Equívocos que sempre são perdoados, esquecidos. Se o perdão irá permanecer, não se sabe. É Libertadores, é diferente.

Mas, uma coisa é certa. Esse time tem cara e jeito de tudo, menos de derrotado.

Um brilho que some durante o jogo, mas reaparece em seu final.

Algo que perdedores desconhecem.

@_LeoLealC

06 maio 2012

Para pra ver, que começou

(Foto: Globoesporte.com)
O Fluminense só havia convencido duas vezes na temporada. Até o momento, nos dois jogos mais decisivos, onde mais se precisou. Hoje, a ocasião pediu para que isso se repetisse. Pedido aceito. 

Sim, Lucas matou o Botafogo. Sua expulsão, seguida do gol da virada do Flu, abalou toda a estrutura alvinegra, cuja equipe já se sentia acoada pela superioridade tricolor. 

A partir daí, a vantagem técnica se juntou à numérica e se traduziu no placar. Com isso, o Bota, que pouco podia fazer, nada mais pôde. Só se enxergava verde, branco e grená no gramado do Engenhão.

Thiago Neves compensou, em uma partida, toda inoperância de uma temporada. O gol de Fred, junto com sua estrela, dispensam comentários. Deco mostra a cada jogo o porquê de ser o melhor meia em atividade no Brasil. Sóbis, às vezes, resolve fazer a diferença. Quando isso acontece, o "algo a mais" se torna cotidiano para as três estrelas.

Mas hoje, a recíproca foi verdadeira. Por não jogar nada em 80% dos jogos, o de hoje foi ainda mais brilhante. Quando é preciso, o Flu não amarela, mostra sua força.

A competência tricolor partiu de seu comando. Abel estudou o Botafogo durante toda a semana e aplicou um verdadeiro nó tático em Osvaldo de Oliveira.

Acredite, o Alvinegro não jogou mal. Fez o que pôde, enquanto pôde. Não há motivos para voltarem discursos pedindo saída de técnico e diretoria, protesto contra "time de bonecas", etc. Era uma campanha invicta que, talvez, sem a expulsão, pudesse continuar do mesmo jeito.

Foi apenas um dia em que nada deu certo.

Coincidentemente, em mais uma final. Mas, dessa vez, o mérito adversário foi maior.

Com a atuação de hoje, daria Flu com um a mais, um a menos, em qualquer campeonato, fosse em primeira fase, semifinal ou final.

Nome, mídia e grife não ganham jogo. Talento e competência sim. E quando todos esses fatores se agrupam, somando-se a um momento decisivo, o que resta ao adversário?

Parar, assistir e aplaudir.

Em parte, foi o que fez o Bota.

O show tricolor começou.

Virtual campeão, com sua real superioridade.

@_LeoLealC

03 maio 2012

Hora errada

Óbvio. O Vasco poderia ter saído de São Januário com uma vantagem muito mais agradável. Teve tudo para isso.

Agora, já foi. Em parte, escapou. Não só pelos seus dedos, não só dentro de campo. O Lanús possui uma equipe que, em certos momentos, incomoda. A atitude da torcida, quando o momento, que era brilhante, se tornou adverso, foi deplorável, digna de lamentações.

Cristóvão teve sua parcela de culpa? Sim, mas depois do gol argentino. Antes, a vontade da massa, de ter Felipe e Juninho juntos, estava sendo feita, o Cruzmaltino trucidava o rival. O Gigante da Colina vivia um momento ao melhor estilo 2011.

O gol de Regueiro, seguido da saída de Felipe, fez chegar aquela hora na qual paixão e razão dão um nó na cabeça de cada cidadão fanático a alucinado, na arquibancada, com a primeira levando vantagem e se saindo vitoriosa em 101% dos casos, ocasionando reações de certa involuntariedade, atitudes irracionais.

Hoje, essas atitudes prejudicaram a equipe. Depois disso, foi notável o desespero e a ansiedade dos atletas em campo. Um banho de baixo-astral e falta de confiança em quem havia esquecido tais termos do pensamento.

Os jogadores, que já mostraram a todos os sujeitos homens que são, fizeram de tudo para blindar o comandante, corretamente, e demonstraram uma índole e uma maturidade rara.

Ao menos, um bom sinal. O ambiente no grupo não se desgasta.

A vantagem ainda é vascaína. Há motivos para preocupações, mas não para desespero. Em 80% do tempo, foi amplamente perceptível o domínio cruzmaltino.

Porém, nos outros 20, tudo teimou em não dar certo. O Lanús, que é medíocre, mas não bobo, aproveitou.

O que já era para estar decidido, está em aberto. O passo, que tinha o Vasco, à frente dos argentinos, em questões técnicas, foi, de volta, recuado pela torcida. O emocional mal tratado custa caro.

O Vasco teve seus erros. Porém, os cruzmaltinos, em São Janu, que seriam seus aliados, se tornaram vilões, jogando contra, de forma inexplicável. Um curto espaço de tempo, em um jogo que parecia resolvido, que, agora, pode complicar o seguimento do clube na Liberta.

Foi o dia em que o filho exemplar resolveu fazer mal-criação.

Foi o dia no qual a Lua de Mel se tornou ameaça de inferno astral.

Agora, a pressão psicológica nos jogadores, na volta, será exagerada, além do necessário.

À toa.

Precisava mesmo?

@_LeoLealC

30 abril 2012

Caminho certo

(Foto: O Globo)
Há três, quatro anos atrás, estando na mesma situação, poderia se cravar que o Botafogo não levaria a Taça Rio. Por quê? Porque nem mesmo ele queria. Ou, pelo menos, não demonstrava querer.

A melhora e o crescimento que o Glorioso vem mostrando nas últimas temporadas tem seu início nas questões psicológicas. Sua e de seus torcedores.

O pessimismo por parte dos botafoguenses, em certos momentos, chegava a irritar. Hoje, o medo, que os atormentava perante momentos decisivos, dá lugar à motivação e ao discurso do "eu posso".

Seja pela figura de Loco Abreu, seja pela chacoalhada emocional que Joel Santana deu em 2010. Para o Bota, o que importa, no momento, são os novos ares em que vive, a confiança e o "pensamento grande" que sua torcida agora tem.

Durante o campeonato, o futebol apresentado não foi unanimidade. Mas ontem, quando necessário, convenceu, foi superior ao Vasco em todo o jogo. E hoje, chega à final mais encorpado, com mais cara de campeão que o Fluminense.

Um treinador que prioriza o trabalho sério e a ofensividade, o melhor goleiro do Brasil, um meia que faz a diferença quando é preciso, um atacante marrento, ousado, louco. Uma loucura necessária.

Conjunto que retoma a grandeza alvinegra, que havia sumido do pensamento dos torcedores.

No início da competição, apontei, aqui, o Botafogo como favorito ao título. Agora, não tenho medo de repetir. O Alvinegro chega, sim, em mais condições de levantar a taça. É quem joga melhor e quem mais merece.

Pelo menos, esse ano, o Fluminense será o único adversário.

Junto com Vasco e Flamengo, o pessimismo foi eliminado faz tempo.

E, dentro de campo, hoje, sou mais Botafogo.

@_LeoLealC

22 abril 2012

Faltou você, Maraca

(Foto: Globoesporte.com)
Dois ótimos ataques contra duas defesas visivelmente frágeis. O Vasco tinha volantes para, do jeito que fosse, suprir a carência e desafogar os zagueiros. O Flamengo não.

Assim, o primeiro tempo foi todo vascaíno. Talvez, sem a parada técnica, a vantagem no intervalo seria maior. Até os 20 minutos, o Cruzmaltino massacrou, trucidou o Fla. Depois, foi "apenas" superior.

Mas, mesmo com a superioridade adversária, o Rubro-Negro teve suas chances. O que fez do jogo totalmente aberto, cheio de detalhes, onde alguns seriam decisivos.

Joel tinha todo um planejamento de ataque com cautela no segundo tempo. O gol relâmpago sofrido foi um balde de água fria.

No entanto, dali em diante, a pressa se tornou a alternativa mais cabível. Quando percebeu que o Fla tinha voltado ao jogo, Cristóvão errou ao chamar ainda mais o Rubro-Negro para o jogo.

Do mesmo jeito que Joel errou ao sacar Kléberson, melhor do Flamengo em campo. Dois meses atrás, seria, sim, jogo para Renato. Mas hoje, sem condições. Não por culpa do meia, mas sim da situação. Assim, o desespero estava explícito.

Mesmo assim, ao contrário da primeira, a etapa complementar foi toda rubro-negra. Porém, o Vasco também teve suas chances.

O Flamengo tentou, por 90 minutos, disfarçar todas as burradas feitas em um primeiro semestre trágico. O Gigante da Colina tinha o fator psicológico a seu favor e um cidadão cuja sua perna canhota pode fazer a diferença. E fez.

Mesmo que com menos brilho que em 2011, a lua-de-mel cruzmaltina com a torcida ainda não acabou. Hoje, os dois mereceram a vitória, mas o melhor momento vivido pela equipe de Cristóvão foi o detalhe a pesar no gramado do Engenhão.

As equipes mostraram que o Cariocão pode, sim, ser interessante.

Emoção não existe para quem não sabe criá-la.

Quando se trata de Vasco x Flamengo, tudo muda. Quando o regulamento ajuda e damos de cara com o melhor Clássico dos Milhões do século XXI, o maior  vencedor é o torcedor.

Perdão. Mas, hoje, meu vocabulário não é suficiente para descrever esses inesquecíveis 90 minutos.

Com todo respeito, você não era o palco certo Engenhão.

Como você fez falta, maior do mundo!

@_LeoLealC

18 abril 2012

Maior que os adversários, menor que o futebol

(Foto: Lancenet.com.br)
O Chelsea foi pequeno além do normal. Sua inferioridade ao Barcelona não tem tamanha proporção como fantasiou Di Matteo. Mas venceu, não sofreu gols. Então, não tem jeito, dirão que o técnico foi um gênio e a estratégia dos londrinos, perfeita.

Não. Passou longe da perfeição e muito próxima da sorte.

Obviamente, para os Azuis, não há como se equiparar ao volume de jogo do Barça. Porém, o material humano do qual dispõe o treinador italiano dá-lhe condições de impor um ritmo de jogo mais equilibrado.

Dois chutes a gol é muito pouco para uma equipe que sentia a necessidade de fazer o resultado em casa.

Hoje, a zaga esteve perfeita, Messi e Xavi estiveram em um raro dia de atuação apagada e o estilo Davi deu certo, mas é difícil que o raio caia novamente no mesmo lugar.

No Camp Nou, aposto no Barça. No entanto, mesmo que seja uma maldade com a beleza do futebol, minha torcida é para a classificação do Chelsea.

Deixo claro que minha simpatia pelos Azuis é nula. Não me agrada, de jeito algum, a ideia de um time pequeno que, de uma hora para outra, se torna gigante graças a um cidadão milionário, de boa vontade e que busca seu próprio lucro.

Mas, acredito que, hoje, a quebra da hegemonia catalã faria bem ao futebol.

Para enfrentar o Barça, não se pode ter medo. Além do futebol, Guardiola utiliza o fator psicológico contra seus adversários. Se uma equipe entra em campo pensando em não perder, as chances de que isso aconteça são amplamente maiores.

E, caso os londrinos cheguem à final, mesmo que atuando dessa forma covarde, aos poucos, o medo pode deixar de figurar as mentes dos treinadores que enfrentarem o catalão. Atacando-os, a preocupação estaria também do lado azul-grená.

Sim, o Barcelona é superior. Porém, não mais invencível.

Hoje, jogando de forma muito mais lúcida, tendo 5 chances claras de gol, viu o resultado torna-se contra si em um lance que foi metade do que fez o Chelsea durante toda a partida.

É possível para os Azuis? Sim

Acha que não?

Prazer, futebol.

@_LeoLealC

12 abril 2012

Pagando o preço

Não adianta chiar, reclamar do Olimpia e dizer que a classificação escapou por detalhes. Em parte, pode até ter sido. Mas foi um grande número detalhes em um certas partidas que o Flamengo deixou escapar pontos, implorando para ser eliminado.

Hoje, tivemos a certeza da fanfarronice do time do Fla. Hoje, quiseram e jogaram. Jogaram muito. Mas já era tarde, a competência já havia se tornado obrigação.

Mas, no mundo tripolar do Rubro-Negro, hoje era dia de esquecer todos os problemas e tentar a milagrosa classificação, na tentativa de mais um certo tempo de descanso e relaxamento.

No campo do Engenhão, o Fla engoliu o Lanús, fazendo sua melhor partida em 2012 e mostrando que quando quer, pode jogar de forma competitiva, mesmo com as invenções de Joel, os erros de Willians e a omissão de Ronaldinho. 

O problema é querer. Contra os argentinos, jogou como quis porque quis. Porém, já era tarde para querer a classificação. Não adiantava o próprio esforço.

Esforço que era necessário antes da partida de hoje. Sem ele, o Flamengo perdeu a classificação para si mesmo.

Esperavam o milagre e ele aconteceu. Mas de uma forma ainda mais incrível, para o Emelec.

O Rubro-Negro exagerou no abuso do poder da camisa e esqueceu da raça, da vontade e da determinação. Fatores que fazem sua camisa ter poder.

Foi coisa de outro mundo. Flamenguistas vibrando gols do Emelec e do Olimpia, mas também chorando com gols dos dois.

De outro mundo, também, é Welinton fazer gol e ajudar na vitória. Mas isso, deixa passar.

Agora, coisa de outra galáxia é o time deixar a classificação escapar em um grupo esdrúxulo como esse. Implorando para se complicar, se complicou.

Hoje, nas 4 linhas, não tem o que reclamar.

Mas, se dependesse de merecimento, o Fla já deveria estar eliminado antes de entrar em campo.

Quando se arrependeu de sua atitude e optou por outra, já era tarde.

Nada mais justo que a eliminação.

Você pediu, Flamengo.

@_LeoLealC

05 abril 2012

Inexplicável, mas não surpreendente

Mais uma vez, Joel jogou contra o Flamengo. Mas, aos poucos, isso começa a passar despercebido, tamanha normalidade da situação.

Ontem, o Papai, enfim, resolveu não inventar e deixou o Fla jogar. Mesmo com erros aqui, erros ali, o Rubro-Negro era amplamente superior ao fraquíssimo time do Emelec.

Depois de 45 minutos, o treinador se sentiu na obrigação de, mais uma vez, prejudicar a equipe. Para que recuar todo mundo? Para que três zagueiros, sendo que dois deles não valem por um? Qual é a função do Magal em campo?

Como em quase todos os jogos da temporada, o Flamengo chamou o adversário para o jogo na segunda etapa.

Sono, relaxamento e soberba. O que não sai do óbvio, pois o time tem, em campo, um tipo de líder que amarela quando a coisa aperta e joga quando quer. Ultimamente, nem quando quer.

Ok, ruim com Ronaldinho, pior sem ele. No entanto, R10 foi contratado para fazer a diferença, chamar a responsabilidade e tomar a frente, não para "jogar direitinho".

E, quando a equipe joga um pouco além do "direitinho", Joel faz o favor de impor seu estilo, que é a falta de futebol. O técnico consegue fazer o time ter um padrão de jogo pior que o que tinha com Luxemburgo, mesmo tendo elementos melhores, que arrumaram a zaga e o ataque.

O Flamengo pediu, implorou:

-Vai Emelec, vence. Me complica ainda mais na Libertadores, por favor!

Pedido aceito. Assim, o Fla, que não faz nada certo desde o início de 2012, a começar pela diretoria, também vai fazendo de tudo para conseguir a eliminação em um grupo medíocre na Liberta.

Contagiados pelo jeito R10 de ser, pelo vírus que Joel Santana traz e pela podridão do Departamento de Futebol, os jogadores se sentem à vontade com a situação.

Puseram na cabeça que eles não são culpados. E, agora, estão apoiados nisso. Amarelaram, amarelaram de novo e agora estão acostumados com a situação, assim como o líder que lhes rege.

A classificação pode até, milagrosamente, vir. Porém, não será merecida.

Mais uma vez, inexplicavelmente, o Rubro-Negro usou o poder da sua camisa de forma negativa.

Foi Flamengo, no mau pedaço da tradição.

Surpresa para você?

Para mim, não.

@_LeoLealC

04 abril 2012

Assim, não!

(Foto: Lancenet)
O Vasco fez de tudo para se complicar. Insistiu repetidamente para que o Alianza Lima empatasse o jogo. Até porque, quando se depende de lampejos de Felipe Bastos para garantir a vitória, algo está errado.

A equipe Cruzmaltina achou que ganharia na hora que quisesse, calçou o salto alto e não o largou até o fim. Sorte que a equipe peruana não fazia a vontade vascaína, por total falta de qualquer aspecto técnico relacionado ao futebol.

Querendo jogar, ou não, o Gigante da Colina conseguiu seu primeiro gol. A partir daí, o sono virou cochilo. Ontem não parecia ser dia de futebol bem jogado.

O Vasco chamava o adversário para seu campo durante todo o tempo, mas ele não ouvia .

A falta que Juninho faz à equipe não se restringe à sua técnica. O craque, com seu espírito de liderança, ajudaria a impedir tamanha falta de vontade da equipe em campo.

E, depois do segundo gol, o Vasco, que cochilava, hibernou. Assim, ao invés de chamar, fez o favor de levar o time peruano a lhe atacar.

Depois de tanto esforço, de ambas as partes, gol do Alianza. Prêmio para os dois, por não desistirem do feito.

No entanto, a ruindade peruana impediu o Cruzmaltino de passar por um vexame.

Sim, na Libertadores, o que valem são os três pontos.

Mas, ontem, o Vasco só foi coroado com os mesmos devido à incapacidade adversária. O time não entrou na pilha, achou que a vitória viria do céu.

E veio. Só que, desse jeito, não virá mais. É preciso esforço, vontade, gana, independentemente do adversário.

Assim, o Vasco, que tentou todas as formas de se complicar em seu grupo, não conseguiu. Agora, sua classificação está bem encaminhada.

É bom que a equipe aprenda a tempo com os erros de ontem. Pode ter acontecido na hora certa.

Ontem, a equipe relaxou, subestimou o adversário e brincou com a sua superioridade.

Coisa que, há muito tempo, não se via.

Tá na hora de acordar!

@_LeoLealC

27 março 2012

Prejuízo a todos

A batalha é dentro de campo. Mas, não é de hoje que certos elementos fazem do futebol uma guerra, que extrapola o limite das 4 linhas.

Não tem jeito. Esses baderneiros sempre estarão em maior quantidade que os policiais motivados em acabar com essa palhaçada.

Domingo, infelizmente, os PM's não podiam mesmo fazer nada. Se fizessem, poderiam causar tragédia, já que as duas organizadas se voltariam contra eles.

No entanto, do mesmo jeito que não puderam tomar a atitude no auge do problema, não a tomam antes nem depois. E, quando é necessária uma medida radical, a providência tomada é de uma futilidade absurda.

De que adianta proibir as organizadas de entrarem no estádio, sem que nenhum idiota seja preso?

Nas ruas, merecem ser tratados como bandidos, pois são. E, enquanto os clubes os protegerem, a polícia permanecer omissa e essa babaquice de Direitos Humanos tomar conta de nossa justiça, continuarão sendo.

Porém, dentro do estádio, são eles que ditam o ritmo da festa. Querendo ou não, são eles que puxam os gritos de incentivo e empurram o time.

Infelizmente, são eles que levam as bandeiras. São eles que fazem você admirar o espetáculo das arquibancadas.

Pena que este pensamento, de deixar o nosso futebol ainda mais envolvente, se restrinja aos 90 minutos de bola rolando.

Seria tudo mais fácil, se não tivessem mentes de animais, sendo este perigo que são para a sociedade. Mas pensar nisso, no momento, é algo totalmente ilusório.

Então, apenas proibi-los de entrar nos estádios, mas deixando os vândalos livres pelas ruas, nada acrescentará a todos envolvidos neste meio.

Instantaneamente, a medida diminuirá a beleza das torcidas, não deixando as famílias, que vão aos jogos, desfrutarem de um espetáculo ainda mais belo.

Mas, esta família passará pelo mesmo perrengue ao ir embora, correndo riscos, com estes vagabundos à solta.

Impediram-os de praticar o pouco de bem que lhes restava.

Prejudicaram o que fazem de bem, mas não mexeram no que fazem de mal.

A festa é menor, mas o perigo se mantém.

Assim, o prejuízo é de todos e o risco é o mesmo.

@_LeoLealC

22 março 2012

Grandeza que faz a diferença

Era para se impor, mostrar sua força. Em São Januário, o adversário não pode jogar, pensar. Na Colina, o oponente precisa ser sufocado, pressionado durante todos os instantes.

O Libertad conseguiu segurar o Vasco no primeiro tempo. Nestes 45 minutos, o Cruzmaltino já estava muito bem, mas, assim como a equipe carioca, a paraguaia estava tendo uma atuação muito mais consistente do que em Assunção. Assim, o jogo se desenhava de forma bem mais interessante.

E foi. Para o Gigante da Colina, mais ainda.

Sem Diego Souza, acredito que Cristóvão acertou ao pôr dois velocistas, um em cada ponta. Caso Juninho e Felipe começassem juntos, inevitavelmente, um deles seria substituído no intervalo. Ou seja, a equipe teria o jogo cadenciado quando a rapidez seria necessária e vice-versa.

Então, acertadamente, o Reizinho entrou na segunda etapa, quando o Libertad começava a ceder, cansar. A equipe paraguaia não aguentava mais o sufoco. Portanto, o craque entrou para a fazer diferença.

E fez.

Ser craque não é apenas ser bom de bola. Ser craque é fazer a diferença quando necessário, aparecer para pedir a bola, sem se omitir, surpreendendo os adversários.

Se um bom de bola acertasse um chute daqueles, diriam que o gol foi culpa da sorte, ou até de falha do goleiro. Sorte, de fato, poderia ter sido.

Mas não foi, pois era um craque. Por ser Juninho, ninguém ousou tirar seus méritos. Seu histórico não permitiu. Um gol que mudou a história do jogo e transformou um boa atuação em brilhante.

Dali em diante, o Cruzmaltino engoliu o adversário. E então, o Libertad tomou noção de sua inferioridade.

Inferioridade que é sentida pela grande maioria dos adversários quando percebem estar na Colina, onde o Vasco cresce, se torna mais gigante do que já é.

Ontem, foi gigante mais uma vez. Contou com o brilho de um indivíduo que, não satisfeito com o que já fez pelo clube, se agiganta junto com a equipe a cada toque na bola, mesmo com sua idade avançada.

Tirando Once Caldas e LDU, nunca vi time pequeno levando o caneco da Liberta. Para ganhá-lo, é preciso "algo a mais".

E, em São Janu, o Vasco guarda seu senhor "algo a mais", sua força extra.

Por enquanto, vai usando-lhe da melhor da forma.

Assim, os deuses do futebol sentem-se proibidos de guardar algo que não seja ruim para o Gigante da Colina nesta Libertadores.

O roteiro da história ainda é curto.

Mas, perdoem-me a controvérsia, seu começo já caminha para um final feliz.

@_LeoLealC

18 março 2012

Quer? Pode levar

Como esperado, não foi um clássico com "C" maiúsculo. Botafogo vindo de partidas bem razoáveis, Vasco esboçando um time misto.

A vitória era indispensável ao Glorioso. Ao Cruzmaltino, era bônus, pois a liderança já estava assegurada. O Bota a procurou durante todo o tempo. O Vasco não fez questão, ou não demonstrou fazer.

O papo de time de misto é frescura. O único titular imprescindível à equipe que não estava em campo era Dedé, e acho difícil que a postura da equipe seria diferente, com o zagueiro em campo.

Mesmo com o time "titular" Cruzmaltino em campo, acredito que, hoje, daria Bota de qualquer jeito. O time jogou de forma segura, parando os ataques vascaínos e aproveitando as falhas da vulnerável defesa adversária. Sim, de qualquer forma, Dedé faz muita falta.

Depois de um primeiro tempo totalmente inferior ao adversário, o Gigante da Colina ameaçava reagir no segundo. Mas, não demorou para a postura apática da primeira etapa voltar a estampar o futebol da equipe.

Houve outra chance para reagir, mas Jéfferson não deixou.

Como existem coisas que só acontecem com o Botafogo, a equipe contou com os três gols de, pasmem, Fellype Gabriel para chegar à vitória.

Chegou à ela pois quis, a buscou nos 90 minutos. Venceu porque foi superior.

Em campo, só uma equipe queria os 3 pontos. Merecidamente, os levou e melhorou sua situação na Taça Rio.

Justiça, no futebol, nem sempre dá as caras.

Mas, hoje, ela resolveu dar um pulinho no Engenhão.

@_LeoLealC