16 junho 2012

Casos e acasos

Virou rotina. O fato do botafoguense estar completamente satisfeito em uma semana e totalmente irritado na outra, agora, é do cotidiano. Venceu: "É o Fogão. Agora vai!". Perdeu: "É sempre assim. Nada dá certo".

Hoje, o botafoguense não acreditava. Normal. Ainda mais se tratando do abandonado Botafogo. Enfrentava o Internacional, um dos favoritos ao título, fora de casa. Cheguei a ouvir torcedor dizendo que levaria um "sacode", seguido de risadas.

As imagens de Internacional 1 x 2 Botafogo (Foto: Ricardo Rímoli)
(Foto: Ricardo Rímoli, Lancenet)
Eu já disse, repeti e digo mais uma vez: O Bota tem um ótimo time. Além disso, é treinado pelo técnico mais ousado do futebol carioca. Se bem trabalhado psicologicamente e apoiado pela torcida, dará uma baita dor de cabeça aos outros no Brasileirão.

Oswaldo de Oliveira impõe um novo estilo ao Glorioso que conhecemos. A confiança, a auto-estima elevada, a união. Teve peito e lábia para barrar as "estrelas", sem causar problemas de vaidade no grupo. 

No temido Beira-Rio, o Colorado não foi superior em momento algum. O jogo foi, em 50% do tempo, igual. E, nos outros 50, de superioridade alvinegra.

É um Botafogo diferente. É uma equipe sem medo, que acredita em si e sabe que pode mais do que tem. Um time que tem seus vacilos, dá seus cochilos, mas com um número de virtudes amplamente maior. 

Se, por acaso, pode sofrer uma virada em 6 minutos ou perder para o Náutico, tem, casualmente, gabarito o suficiente para virar contra São Paulo ou Inter.

Seu grande defeito é a cabeça fraca, o mau psicológico. O que faz do Bota dependente das circunstâncias, às vezes de lances isolados, casuais.

Porém, tem se percebido a cada vez menor dependência de tais fatores e a maior confiança em seu taco.

Uma filosofia que já está na cabeça dos jogadores. Resta transmiti-la à torcida.

Mas hoje, pelo menos por esse momento, não há ninguém mais satisfeito e confiante que o torcedor alvinegro.

Hoje, "É o Fogão. Agora vai!"

@_LeoLealC

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