16 fevereiro 2012

Poderia ter sido melhor

(Foto: Globoesporte.com)
O adversário era inferior. Talvez, o pior do grupo. Mesmo assim, a equipe não soube aproveitar, devido à péssima atuação e à covardia de Joel Santana. Não adianta cair na ilusão de que o resultado foi bom por ter sido fora de casa.

Qual a finalidade de 4 volantes no meio-campo de uma equipe que joga apenas com um atacante? E, tendo esse número estrondoso de jogadores defensivos, porque não havia cobertura na volta, quando Léo Moura avançava ao ataque?

Joel exagerou no medo de perder. Com isso, faltou vontade de ganhar. Deixou Ronaldinho e Deivid isolados, solitários.

Não adianta criticar R10. Quando pegava na bola, não havia opção para o passe, a marcação apertava e ele não tinha o que fazer.

Seu uso como segundo atacante é um desperdício. E, como toda criatividade do Fla depende de suas atuações, a entrada de Vágner Love é essencial para que R10 vá para o meio, numa função que aproveitaria o jogador de uma melhor forma, com passes em profundidade, sem que a velocidade seja necessária.

Não estava difícil. Quando a equipe resolveu, enfim, atacar em bloco, o gol surgiu. Mas, para que isso acontecesse em maior quantidade, era preciso um time menos fechado.

Com a retranca armada por Papai Joel, o Rubro-Negro foi pressionado pelo fraco time do Lanús. No entanto, a sorte e a falta de capacidade dos argentinos não deixaram a bola entrar.

A história fez com que qualquer time argentino, em seu estádio, fosse temido. E, desnecessariamente, esse medo chegou à cabeça do treinador e atingiu os jogadores. O que fez a equipe tremer em La Fortaleza.

E, depois de achar um gol, sabe-se lá como, o Flamengo se manteve recuado. Foi aí que, em mais uma falha de Jr.César, que, há um bom tempo, não joga absolutamente nada, o Lanús conseguiu seu gol.

Quando o Fla resolveu jogar, fez a equipe argentina mostrar sua fraqueza e por pouco não chegou ao gol. Quem sabe, sendo ofensivo desde o início, pudesse chegar, facilmente, à vitória.

Com as esdrúxulas atuações das duas equipes, chego a conclusão de que a partida foi pífia. Um time limitadíssimo, contra uma equipe com medo de que o adversário aproveitasse suas limitações. Foi de doer os olhos.

Ok, um empate fora de casa em uma Libertadores não é ruim.

No entanto, jogando o que pode, o Rubro-Negro está longe de ser brilhante, mas conseguiria algo melhor.

Se quisesse os 3 pontos, poderia ter chegado a eles.

Mas, esse não era o principal objetivo de Joel.

Ou, pelo menos, não parecia ser.

@_LeoLealC

13 fevereiro 2012

Se é assim, sim!

(Foto: Globoesporte.com)
Foi um jogão, com direito a todos os ingredientes possíveis de um bom clássico, sejam eles agradáveis ou não.

O Vasco já estava praticamente classificado. Assim, não entrou em campo pressionado. Diferente do Fluminense, que precisava da vitória a qualquer custo.

Mas, o Cruzmaltino precisava apagar a má atuação na estreia da Libertadores. Coisa que, no primeiro tempo, não estava conseguindo. Assim como quarta-feira passada, a equipe parecia perdida, o meio-campo não funcionava e Cristóvão Borges ia levando um nó tático da equipe adversária.

O Flu foi melhor durante todo o jogo. No embalo de Thiago Neves, que queria jogo, a equipe envolvia o adversário no toque de bola e sua posse. Conseguiu seu gol com o craque e buscava mais. Tinha a partida nas mãos.

Aí surgem os personagens desagradáveis da partida. Ambos, prejudicando o Flu.

Me perdoe Abel Braga. Mas, dizendo que uma zaguinha formada por Leandro Eusébio e Anderson é a melhor do Brasil, você está brincando com a nossa capacidade de entender futebol, não acha?

Como vivo insistindo aqui, não há como confiar na defesa do Tricolor. Sempre atrapalha o resto da equipe. Comprometeu hoje e não será surpresa se comprometer em qualquer outro jogo posterior.

O Vasco teve seus méritos, mas as falhas defensivas Tricolores foram notáveis. Mais que uma vitória vascaína, foi uma derrota do Fluminense.

Fora isso, a equipe das Laranjeiras foi reconhecidamente prejudicada pela péssima arbitragem de Antônio Schneider. Um árbitro que só quis aparecer, minando certos jogadores, atrapalhando o espetáculo. Um cidadão sem senso do ridículo.

Se existe justiça no futebol, ela passou longe do Engenhão nesta noite de domingo. O Flu, com maior volume de jogo, saiu com um enorme prejuízo nas costas. A classificação está cada vez mais longe.

Mas, o Gigante da Colina nada tem a ver com isso. Não jogou bem, mas venceu.

O que vale é bola na rede, meu caro. Por mais que a atuação não tenho sido digna de aplausos, a vitória alivia a torcida e motiva a equipe em sua caminhada neste ano.

Chances perdidas dos dois lados, erros de arbitragem, vitória de quem menos mereceu.

Se não teve de tudo no Engenhão, foi por pouco.

O nome disso é futebol, parceiro!

@_LeoLealC

12 fevereiro 2012

O caminho é esse

(Foto: placar.abril.com)
Não assisti ao jogo por completo. Portanto, não arriscarei falar besteira sobre a vitória Corintiana no clássico de hoje. Porém, é de se notar o esperançoso e promissor começo de ano que vem tendo o Timão.

Assim como na temporada passada, Tite armou uma equipe compacta, segura e objetiva. Com o vasto leque de opções qualificadas que tem, o treinador poderá mesclar a equipe titular no estadual a partir de agora, quando começa a Libertadores, sem que haja enormes prejuízos técnicos.

Para a Liberta, não existe o mesmo encanto e a mesma euforia das outras edições, que não davam noção da realidade ao clube, atrapalhando-o. O que existe, em 2012, é um bom planejamento, um sério projeto para lidar com a inevitável pressão, que pode se tornar suicida.

A partida de hoje foi o retrato do que promete ser o clube do Parque São Jorge nesta temporada. Um Corinthians sério, objetivo e sem oba-oba. A equipe que, tirando o acidente em Mogi, não vacila contra pequenos. E hoje não tremeu diante do São Paulo. Não convenceu, mas venceu.

Contou também com a sorte, no pênalti perdido por Jádson, e a burrice - ignorância, doença, incapacidade...como quiser - de João Felipe. Mas, não há como se aproveitar do erro adversário também errando. E o Timão não errou. Jogou como grande e saiu com a vitória.

Agora, vai para a estreia da Libertadores com motivação, o que é amplamente diferente de marra e soberba. Este é o caminho para o sonho, que se arrasta por tanto tempo.

Mantendo esta rota, o sonho pode se aproximar.

Com o sonho se aproximando, meio caminho estaria andado.

Os outros 50%? Deixa por conta da camisa.

Afinal, Corinthians é Corinthians.

@_LeoLealC

09 fevereiro 2012

Nem tudo perdido, mas muito a ser mudado

 O Vasco se assustou. Erro perdoável, pois nem eu, nem você, nem Cristóvão, nem ninguém esperava tamanha postura ofensiva do Nacional.
(Foto: Globoesporte.com)

Por mais que se tivesse todas as informações sobre a equipe uruguaia, era difícil alguém pôr fé que eles fossem partir para cima do Cruzmaltino, mesmo em São Januário. O que exige certa coragem.

Existia, também, o nervosismo da estreia, que tornou o brasileiro perdido e previsível em campo. Com a posse de bola, no ataque, faltou velocidade. Na defesa, faltou calma.

Depois do primeiro gol uruguaio, parecia que o Vasco acordaria. Só parecia. O que se viu foi o Gigante não se sentindo em casa na Colina. A equipe estava acoada, nervosa, perdida. 

Cristóvão abusou da experiência no meio campo, esquecendo da velocidade. Com a ausência das velozes opções de Fágner e Éder Luís, o jogo era para Bernardo. Porém, o treinador esqueceu o meia. Muitíssimo estranha a decisão do técnico, ao sacar Max para a entrada de Felipe Bastos, no intervalo.

Veio a segunda etapa e a esperança de uma mudança de postura. Mas uma errada saída de bola jogou um balde de água fria nas pretensões vascaínas. 

Dali em diante, a pressão, cada vez mais desesperada, imposta pelo Cruzmaltino não foi suficiente. Prejuízo nos primeiros 90 minutos da Libertadores e sua vida pode se complicar no grupo da morte.

Quanto ao Nacional, a equipe entra como uma das favoritas do torneio. Me surpreendi com o futebol apresentado: marcação desde a saída de bola adversária, ataques com velocidade e jogadores versáteis. Lembra muito a "La U" versão 2011.

Apesar dos erros vascaínos, foi uma vitória maiúscula da equipe uruguaia, que fez por merecer durante todo o tempo. 

Não é necessário o desespero do lado do Vasco. Ainda há vida na competição. Porém, a postura precisa mudar

O time que pouco errava em 2011, mostrou carências no primeiro embate importante de 2012. Talvez pelos desfalques, talvez ainda pela falta de ritmo de jogo. De qualquer forma, o tempo é curto e os erros precisam ser corrigidos.

Antes que seja tarde.

@_LeoLealC

08 fevereiro 2012

Deu pro gasto

Era de se esperar. O Fluminense não jogou tudo o que pode, deu sustos na torcida e por pouco não saiu do Engenhão com uma estreia decepcionante nas costas.

Mas e daí? Venceu. Isso que importa. Óbvio que a equipe poderia ter uma melhor apresentação diante desse time, bem meia-boca, que tem o Arsenal. Mas isso é Libertadores, meu caro! No momento, o que vale são os três pontos.

O gol, logo no início, destruiu qualquer possibilidade de retranca da fraca equipe argentina. Pior para eles, que foram obrigados a sair para o ataque, o que não conseguem fazer com qualidade. Chutões de um lado, chuveirinhos do outro e o Arsenal esboçou uma pressão, mas não fez o Flu se sentir agredido.

Não creio que esse será o futebol do Tricolor durante toda a Libertadores. Há muito o que melhorar, e, acredito, será melhorado.

Sorte do Flu que Abel percebeu, a tempo, a burrada que ia fazendo. Sacando Sóbis para a entrada de Thiago Neves, o técnico chamou o Arsenal para atacar, deixando Fred isolado. Mas, com a entrada de Wellinton Nem, a equipe voltou à formação que usava, tendo, dessa vez, um segundo atacante com velocidade, o que ajudaria nos contra-ataques.

Foi longe do que esperava a torcida, foi abaixo da crítica. No entanto, levando em consideração o nervosismo da estreia e a competição que é, não há motivo para desespero.

Mesmo com o pequeno sufoco nos minutos finais, mesmo com a burrice de Wágner e Leandro Eusébio,  o Fluminense soube se virar.

Saiu com os três pontos, mandou o nervosismo embora.

De início, valeu.

@_LeoLealC

07 fevereiro 2012

Sem soberba!

Hoje, enfim, começa o ano tricolor. É a hora do investimento ser justificado, das estrelas brilharem, de Fred voltar a encantar, Thiago Neves mostrar o porquê de tanta disputa pelo sua contratação e Deco querer jogar.

Não será fácil, não mesmo. O eterno "cagaço", que as equipes brasileiras sentem quando enfrentam as argentinas, pode atrapalhar. Até hoje, o Flu nunca sofreu desse mal. Não tremeu para Boca Juniors na Bombonera, nem para Argentino Jrs no Diego Armando. Mas, é bom ter cuidado.

Ao time, é preciso pés nos chão e paciência. À torcida, uma dose de paciência também seria bem-vinda, pois o Tricolor não vai ganhar na hora que quiser. Posso estar errado, mas acho que o Arsenal dará trabalho.

Boa decisão de Abel Braga ao deixar Thiago Neves no banco. O meia demonstrou total falta de ritmo de jogo contra o Duque de Caxias. Wágner, realmente, é a melhor opção.

Não gosto muito da ideia de ter a dupla de ataque formada por Rafael Sóbis e Fred. Sóbis tem as mesmas características do companheiro. Acredito que Wellington Nem ou até Lanzini possam complementar o ataque do Flu de uma melhor maneira.

Porém, com a qualidade dos meias tricolores e os avanços dos laterais, que são ofensivos, a dupla pode dar certo.

No ataque, eles resolvem. No entanto, a defesa gera sérias preocupações. Os dois laterais não possuem características defensivas, a dupla de volantes não é confiável e a de zaga, menos ainda. As bolas aéreas da equipe de Sarandí levarão um certo perigoso ao gol de Cavilieri.

Com cautela, paciência e objetividade, o Flu conseguirá fazer valer seu favoritismo. Com nervosismo e afobação, a equipe terá dor de cabeça na sua estreia.

O time do Fluminense é melhor, mas nem tanto. Tem tudo para estrear da melhor forma possível, mas tem que jogar o que sabe.

Caso contrário, sua vida já se complica nos primeiros 90 minutos.

@_LeoLealC

06 fevereiro 2012

Foi na raça

O Santos poderia ser favorito, tamanha superioridade de seu elenco. Mas, apesar do ritmo de jogo do Palmeiras ainda não ser de 100%, o Peixe está muito atrasado em relação aos demais quanto à preparação.

Em condições físicas iguais, mesmo com o pouco futebol, o Alvinegro talvez conseguisse segurar a vitória nos minutos finais. 

No entanto, não segurou. Se existe justiça no futebol, ela esteve hoje em Presidente Prudente.

O Porco teve mais volume de jogo durante todo o tempo. Mas, ao contrário da quantidade de ataques, que era maior, a qualidade não era a mesma que a do Peixe. Não há preparador físico no mundo que faça Luan, Valdívia e Fernandão serem mais perigosos que Neymar, Ganso e Borges. Com isso, a superioridade palmeirense era mais baseada na posse de bola. 

Em um momento de apagão, sofreu o gol. Foi a senha para a entrada de Maikon Leite, que, sabe-se lá como, estava no banco. 

O atacante mudou o panorama do jogo, dando a qualidade que faltava ao ataque palmeirense. 

Assim, o Palmeiras conseguiu "achar" dois gols nos últimos 5 minutos. Sorte? Um pouco. Porém, um prêmio à superioridade verde durante todo o confronto, onde a equipe aproveitou sua superioridade física em todo o tempo.

Uma equipe limitada, mas muito esforçada. Hoje, a luta foi contemplada.

Confesso, esperava menos do Porco.

Quem mais quis vencer, venceu. 

Do lado santista, não precisa lamentações.

Tem a festa do Neymar, aproveitem!

@_LeoLealC

Desanimador

Existem "jogos" e "joguinhos". O de hoje, no Engenhão, entra na segunda categoria. Estádio vazio, jogadores   nervosos, atuações apáticas das duas equipes e péssima arbitragem.

O Botafogo foi o "menos pior". O Alvinegro foi quem mais buscou o gol, quem mais foi lúcido durante a partida. Porém, acabou atrapalhado pela péssima atuação de Loco Abreu, a falta de sorte de Andrezinho e, para alguns, por um pênalti não marcado. Não entrarei nesta discussão.

O Flamengo teve uma atuação de time pequeno, digna de vaias, salva por mais uma bela atuação de Felipe. Apatia, falta de vontade. Esta mania, de jogar quando quer, já está ficando sem graça para os torcedores.

Pior que a atuação Rubro-Negra foi a performance de Pathrice Maia. Seu exagero nos cartões, suas inversões de faltas e sua falta de critérios desde o início fizeram com que sua perdição no campo fosse notada rapidamente.

Escalações não-adequadas nas duas equipes. Do lado Alvinegro, está claro que Loco Abreu precisa de companhia no ataque. O 4-5-1 que se torna 4-3-3 quando o time possui a bola, não dá tão certo quanto antes. Do lado Rubro-Negro, Joel terá trabalho. Renato e Botinelli não podem jogar juntos como meias. A dupla "Rubinho" e "Barrichelo" não consegue impor velocidade nos ataques do Fla. A solução poderia ser o recuo de R10 para o meio, com Vágner Love atuando de segundo atacante.

Até que a pelada teve emoção em alguns lances, mas isolados. Fora isso, nenhum motivo para que algum torcedor saísse sorridente do estádio.

Jogo fraco, decepcionante e preocupante.

Com esse futebol, é bom ter cuidado.

Os "pequenos" estão aí...

@_LeoLealC