03 março 2016

Mais uma vez, como nunca. O Corinthians de Tite


Vinte minutos,  primeiro tempo. Giovanni Augusto domina a bola na intermediária de defesa para dar início a um contra-ataque, aproveitando um dos raros momentos em que a defesa do Santa Fé estava exposta. Ele olha para um lado, vira pro outro... Ninguém.

Até que ele para, gira e recua pra Guilherme, que dá em Rodriguinho, que tenta o passe pra Lucca, já com o sistema defensivo adversário recomposto.

Em 2015, essa jogada aconteceria com Elias, Jádson, Renato Augusto e Malcom. E, provavelmente, não haveria como os colombianos voltarem a tempo. Só que hoje, um está machucado até Deus sabe quando e os outros três não vestem mais a mesma camisa.

O Corinthians se fragilizou em peças, bastante. E é isso que valoriza ainda mais a importantíssima vitória desta quarta. Apesar da insuficiência plástica destes 90 minutos e da obrigação de se vencer em casa numa Libertadores, bater o campeão da Sulamericana sendo, apesar de tudo, superior, é algo a se celebrar.

Agora são 6 pontos que dão a tranquilidade necessária para que a equipe não transforme o jogo contra o Cerro em uma decisão. Sabemos como é jogar fora de casa em Libertadores, portanto, entendemos que perder como visitante, principalmente para um adversário tradicional, acontece.

Pode acontecer. Mas com essa gordura adquirida e os 5 pontos de vantagem pro terceiro colocado, a hipotética derrota seria apenas um tropeço, não uma tragédia.

Sou um fã assumido desse tal de Adenor e considero-o como o principal responsável por essa década gloriosa do Timão. Sua capacidade em extrair o melhor do que tem nas mãos deu um Mundial, uma Libertadores, dois Brasileiros e uma Recopa ao clube em 5 anos.

Claro, Tite possuía elencos melhores do que tem agora. Mas quando perdeu meio time no início do Brasileirão passado, difícil era encontrar previsão até de G4 para sua equipe. De um esboço de pedra, ele fez uma mina de ouro e sobrou no campeonato.

O time de hoje, embora não seja ruim, não tem material humano para se garantir, só pelos nomes, favorito no que disputar. Mas na mão de Tite, se torna candidato.

E dele, aprendi a não duvidar.

Mais do que 2011, 2012 e 2015, o Corinthians depende de seu técnico.

Se ele fará milagre, não se sabe. Mas que este time será bastante competitivo, tenho certeza.

E dentro do cenário oferecido, o início do Timão na Libertadores foi perfeito.

@_LeoLealC

Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

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