15 novembro 2014

E se faltasse o Flamengo no mundo?


Seja na terra, seja no mar, eles dizem.

Eu digo que vai além disso, e ultrapassa os limites do que podemos enxergar.

Só uma canonização daria o devido reconhecimento aos 6 remadores que decidiram fazer a reunião mais importante da vida de uma Nação.

Ela surgia ali.

Eles, que dizem que o gol do Pet valeu um Mundial de Clubes.

Eles, que dizem que o Rei do futebol foi o que vestiu a 10 rubro-negra e encantou o mundo na década de 80.

Eles, que tomaram, na cara dura, o maior palco do futebol mundial e chamaram de "nossa casa". Eles, que não têm dúvidas quanto ao campeão de 87.

Discorda? Não ouse questionar, aconselho.

Eles estarão em maioria, e seja lá quem estiver com a razão, vencerão a discussão.

Tá, não vou forçar. "Eles", não.

Nós.

Afinal, não há por que esconder que Flamengo eu hei de ser. É o maior atestado de orgulho a ser assinado por quem foi salvo, em novembro de 1895, de sentir um eterno desgosto profundo.

O que seria dessa Nação sem a combinação de preto e vermelho para admirar, sorrir e chorar?

O que fariam estes apaixonados sem o maior motivo pra sair de casa numa tarde domingo?

O que seria dos que odeiam a instituição sem essa causa de alegrias nas derrotas? É gostoso, para eles, ter o adversário do Flamengo como o time do coração por 90 minutos.

Quem eles esperariam a novela acabar nas quartas-feiras para torcer contra?

O Flamengo torna-se maior por isso. E quanto maior o tamanho, maior a queda.

Por isso, ele torna o futebol mais divertido.

E se deixar chegar, lembra?

Há 120 anos, o Flamengo chegou.

Para ser o mais querido e o mais detestado. O mais cobrado e o mais exaltado.

Para que o Criador lá de cima pudesse dar o aval: "Agora sim, pode liberar essas dezenas de milhões de almas reservadas. Enfim, eles podem nascer e viver em paz".

O Flamengo completa o futebol. E faz muito bem à ele.

Até para quem não sente o mínimo prazer em vê-lo brilhar.

@_LeoLealC

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