26 novembro 2013

Por amor, pelo milagre, pelo Vasco



O dicionário diz: Fidelidade em honrar seus compromissos, lealdade, garantia. Excesso de confiança em algo ou alguém. Crença nos dogmas de uma religião.

Quem tem, a usa como válvula de escape para a consciência. Quem não a carrega, tende a cair na desilusão e no desânimo que a racionalidade sugerir.

Fé. Diz o ditado que remove montanhas.

O pobre racional não vai acreditar nunca que um time com Cris, Abuda, Edmílson, Alessandro e Jhon Cley vá conseguir um milagre em três rodadas e sair dessa.

Se existisse algum vascaíno no qual a razão falasse mais alto que o sentimento, este já teria jogado a toalha.

Sorte do Vasco que sua torcida não pensa assim. Sorte dele que ela o tem como religião.

Sorte dele que ela tem fé.

O futebol permite, o Vasco permite.

E pelo Vasco, pela fé, 38 mil fieis saíram de casa num sábado chuvoso para cantarem e orarem por milhões. Eles não iam se importar com alguns pingos de chuva sabendo que podem fazer sua parte e evitar as gotas de lágrima no final.

A crença deste povo na religião cruzmaltina comove. Quando enchem a boca pra gritar "PORQUE EU TE AMO!", não é só o grito de torcida mais lindo do Brasil, é um mantra, onde o coração também fala.

Ali, diante daquele Maracanã que mais parecia uma igreja do futebol, não havia como este time, mesmo sofrível no papel, dar uma resposta negativa. Aqueles 38 mil podem e conseguem fazer 22 pernas se moverem sozinhas, é automático, contagiante.

Para o já campeão Cruzeiro, não havia nenhuma motivação que lhe fizesse ter tanta vontade de ser o mala da festa. E pra ser sincero, mesmo se tivesse, naquele Maracanã, sábado, eu tenho minhas dúvidas.

E então, depois de um sufoco inevitável no fim, o jogo acabou, a equipe cumpriu a missão e eles, os 38 mil, vibraram, se abraçaram como se tivessem ganho um título e respiraram aliviados, pelo menos no fim de semana.

Ainda está difícil, bastante. Mas a cada jogo, a cada Maraca lotado, eles mostram que podem, quase sempre sozinhos, tirar o Vasco do inferno.

Continue, vascaíno. Não pare, não pare não.

Seu amor mais antigo, seu primeiro amigo precisa e hoje depende de você, que leva a Cruz de Malta no peito desde que nasceu.

O time, no campo, talvez mereça cair.

A instituição, a religião Vasco da Gama não.

Então, futebol, não cometa mais uma de suas injustiças. Pode ser?

Não pelo time, por Dinamite, nem até pela camisa. Grandes caem em temporadas ruins, acontece.

Mas por eles. Estes sim, não merecem.

@_LeoLealC

5 comentários:

  1. Esse Leonardo se supera a cada post. Não é à toa q já merece o respeito de grandes torcidas deste país.

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  2. Amo vasco e nao largo dele nunca, minha paixao eh cntinua, msm qndo o time esta lamentavel, eu vjo uma luz no fim do tunel, vou t amar d janeiro a janeiro, vamos sair dessa juntos e vamos lotar o maraca

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  3. Leooooo sou eu amanda!!!! Ta shoow seus textos!!!!

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  4. Ótimo ponto de reflexão, vc está sabendo se impor com suas palavras, independente do clube.
    Parabéns pelo blog.
    Att. Lorran

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  5. Excelente texto. Torcida vibra sempre, como diz a música: Na alegria ou na tristeza eu NUNCA vou te abandonar.
    Vasco!

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